“Só esperava que em um debate entre pessoas que querem ser presidentes da República, o atual tivesse um mínimo de honestidade e seriedade”, disse Lula em resposta às acusações de Bolsonaro, que recorreu a ofensas pessoais e esqueceu de defender suas propostas para ser reeleito em 2 de junho.
Em meio a insultos entre os sete candidatos presidenciais convidados (de 11) para o confronto verbal na TV Globo, Lula denunciou os escândalos de corrupção no governo Bolsonaro, candidato do Partido Liberal.
Nesse sentido, citou o pedido de propina de um dólar por dose de vacina durante a pandemia de Covid-19 e o gabinete paralelo no Ministério da Educação que solicitou desvios em barras de ouro em troca de facilitar a liberação de recursos para a construção de creches e escolas.
O presidenciável do PT prometeu quebrar o sigilo centenário imposto por Bolsonaro em vários escândalos. E pediu para não mentir quando tiver que falar.
“Quando você for ao microfone, comporte-se como um presidente. Respeite quem você está vendo. Não minta, é feio que um presidente da República minta como você mente. Não é possível”, disse.
Para Lula, é “uma insanidade que um presidente da República venha aqui e diga o que diz com a maior imprudência. Por isso no dia 2 de outubro o povo vai mandar você para casa”, previu.
Em um de seus discursos, o ex-líder trabalhista lembrou que os governos petistas foram os que mais implementaram medidas de combate à corrupção no Brasil.
Ele lembrou a criação do Portal da Transparência, por meio do qual foi possível acompanhar, em tempo real, todas as atividades do governo federal.
Além disso, citou a Lei de Acesso à Informação e a Lei Anticorrupção, bem como o fortalecimento do papel fiscalizador da Controladoria-Geral da União e da Procuradoria-Geral da União no combate ao flagelo.
“Fizemos a maior política de inclusão social da história”, destacou o ex-dirigente sindical, que lembrou que em seus governos o Brasil viveu um período de crescimento, aumento do salário mínimo, geração de empregos e distribuição de renda.
Também participaram do debate a senadora Simone Tebet, do Movimento Democrático Brasileiro, o estudioso político Felipe D’Ávila (Partido Novo), Kelmon Luis Da Silva (Partido Trabalhista Brasileiro) e a deputada Soraya Thronicke (Sindicato do Brasil).
Lula lidera todas as pesquisas de opinião antes da votação de domingo.
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