Brasília, 22 oct (Prensa Latina) O alerta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a máquina de mentiras do presidente Jair Bolsonaro no segundo turno das eleições de 30 de outubro marcou a semana que termina hoje no Brasil.
“Nosso oponente tem uma poderosa máquina de contar mentiras. A rede que meu oponente usa para vender monstruosidades, contar mentiras e se explicar não é pouca coisa”, disse Lula a repórteres no Rio de Janeiro.
Ele aludiu ao escândalo envolvendo Bolsonaro sobre meninas venezuelanas e seu pedido de desculpas pela pedofilia, e como “ele levantou uma hora da manhã para fazer uma live (transmissão ao vivo pela internet) tentando explicar, tentando negar o que ele mesmo havia confessado”.
Segundo o candidato presidencial do PT, “o que ele fez está registrado em vídeo por ele mesmo. Ele estava pensando que as meninas eram prostitutas, quando na verdade se assustou com a repercussão”, disse Lula, que relembrou quando Bolsonaro disse que “pintou um clima” entre ele e as meninas de 14 anos da periferia da cidade. Distrito Federal.
Ele ironizou sobre o vídeo de desculpas de Bolsonaro, feito em conjunto com a ilegítima embaixadora venezuelana no Brasil, Maria Tereza, indicada pelo autoproclamado presidente Juan Guaidó.
“O Brasil é fantástico. Temos um presidente que reconhece o embaixador de um país que não é um governo. É incrível ver um embaixador venezuelano indicado por Guaidó. Ou seja, ela não representa nem a Venezuela nem Guaidó, que não é nada na Venezuela. E ela continua sendo tratada como se fosse uma embaixadora”, lamentou o ex torneiro mecânico.
Na sequência, o líder petista reconheceu mais uma vez a dificuldade de combater os bolsonaristas (seguidores do ex capitão do Exército) nas redes sociais.
“Sua rede social é muito grande. Acho que nossa rede também é muito boa, mas é muito difícil competir com robôs”, alertou.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou nesta quinta-feira resolução que lhe dá mais força no combate às notícias falsas divulgadas na reta final da campanha que enfrenta Bolsonaro, que aspira a ser reeleito pelo Partido Liberal, e Lula.
“A norma estabelece que, após a decisão colegiada que determinar a retirada de conteúdo de desinformação, a própria presidência do TSE poderá determinar a extensão de tal decisão para idêntico conteúdo republicado”, disse o tribunal em nota. Até agora, quando uma parte recorreu à Justiça para denunciar que seu contraditório está em determinado site, o TSE ordenou a retirada do conteúdo dessa URL.
A partir de agora, será necessário que os advogados de cada campanha apresentem uma nova decisão judicial para cada plataforma ou site.
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