Em nota à imprensa, a aliança Povos Unidos pela Vida rejeitou que entidades como o Instituto de Capacitação e Desenvolvimento de Recursos Humanos, cujos recursos são destinados a jovens talentos de famílias pobres, os atribuam a parentes de ricos e políticos.
Denunciou também as recentes nomeações por conveniência do Governo de magistrados do Supremo Tribunal de Justiça e do Tribunal Eleitoral, numa maratona da Assembleia Nacional (parlamento) que em processos abreviados aprova também orçamentos milionários com cortes em sectores-chave como a saúde e educação.
Ele também condenou a interferência dos Estados Unidos, que tem como pretexto o confronto com a crescente migração irregular que usa o istmo como trampolim, um flagelo que só os panamenhos devem resolver.
Por fim, alertou para a fraude que se avizinha nas eleições gerais de 2024, que se tornou mais evidente com as denúncias de irregularidades na recolha de assinaturas de apoio a candidatos independentes, através de uma aplicação em telemóveis.
A esse respeito, o coordenador desse grupo, Jorge Guzmán, indicou que em resposta a todos esses abusos se mobilizarão em 1º de novembro ao Fundo de Previdência Social para reivindicar seu direito a uma vida digna.
Também diante do boicote da segunda fase de diálogo por parte do Executivo e empresários privados que pressionam a Igreja Católica, que atua como facilitadora, não há outra alternativa senão voltar às ruas, observou.
Nos últimos sete dias, a Presidência da República divulgou também um intenso programa de atividades para celebrar em novembro o Mês da Pátria para o conjunto de datas associadas à independência nacional.
Pela primeira vez presencial após dois anos de restrições devido à Covid-19, as tradicionais cerimónias de hasteamento de bandeira, missas, sessões solenes, desfiles e inauguração de obras vão contar com a presença das principais autoridades do istmo.
Os eventos centrais estão previstos nas províncias do Panamá, Colón, Villa de Los Santos e nos distritos de La Chorrera, nesta capital; e Boquete, em Chiriqui.
As atividades começam no dia 2 de novembro, Dia de Finados, com a tradicional romaria ao Cemitério do Amador, na cidade de Chorrillo da capital.
Um dia depois, em comemoração aos 119 anos da separação do Panamá da Colômbia, as noites começam com os habituais alvos no Palácio de las Garzas (sede do Executivo).
Na sexta-feira, 4 de novembro, os panamenhos comemorarão o Dia dos Símbolos Nacionais e, em 10 de novembro, o Primeiro Grito de Independência da Espanha.
O ponto culminante será no dia 27 de novembro, quando se comemoram os 201 anos da Independência do Panamá da Espanha, no distrito de La Chorrera, com a entrega da bandeira nacional ao popular boxeador Roberto “Manos de Piedra” Durán, um dos símbolos populares e campeões das festividades.
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