“O setor de músicos está enfrentando problemas muito sérios, nós nos mantemos com nosso trabalho todo fim de semana”, disse o representante das orquestras de Santa Cruz, Evaldo Antelo.
Acrescentou que pelo menos 42.000 famílias desses artistas são afetadas porque não geram mais renda com a programação de entretenimento e com as festas e eventos particulares a cada fim de semana.
Falando à rede de mídia estatal, Antelo perguntou onde encontrar os recursos para cobrir necessidades e serviços básicos, e disse que se encontrava “falido” como nos dias de isolamento devido à pandemia de Covid-19.
O representante da orquestra exigiu que as autoridades de Santa Cruz levantassem as medidas de pressão para não prejudicar ainda mais este sindicato e outros no departamento.
Nesta segunda-feira, Santa Cruz celebra 17 dias de greve promovidos pelo Comitê Interinstitucional presidido pelo governador Luis Fernando Camacho, pelo reitor da Universidade Autônoma Gabriel René Moreno, Vicente Cuellar, e pelo cívico Rómulo Calvo.
As elites de poder de Santa Cruz estão exigindo que o Censo da População e Habitação seja antecipado para 2023 “sim ou sim” e não realizado em 2024, conforme estabelecido por consenso em julho pelo Conselho Nacional de Autonomias, que reúne autoridades eleitas nacionais, departamentais e municipais.
Calvo anunciou em uma entrevista coletiva neste fim de semana que a partir de segunda-feira vários comitês cívicos pressionarão para uma greve nacional por um período de tempo indefinido.
O Comitê Nacional de Defesa da Democracia, os cultivadores de coca dos Yungas, os porta-vozes da Associação Médica Nacional e a Câmara de Transporte Pesado Internacional também se manifestaram.
Enquanto isso, legisladores dos partidos de oposição Creemos e Comunidad Ciudadana ameaçaram impedir o Presidente Luis Arce de se dirigir à Assembleia Legislativa Plurinacional em 8 de novembro, por ocasião do segundo aniversário de sua chegada à presidência.
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