Falando ao Prensa Latina, o diretor do Centro de Pesquisa da Faculdade de Humanidades da Universidade do Panamá descreveu a votação de 3 de novembro na Assembleia Geral da ONU, na qual 185 Estados votaram a favor de uma resolução exigindo o fim da política hostil, como uma vitória para os direitos humanos e o direito internacional.
Beluche, que também representa a organização social Polo Ciudadano no istmo, considerou que o triunfo da nação caribenha é um triunfo para toda a América Latina e o mundo contra o criminoso cerco econômico, comercial e financeiro que há mais de 60 anos vem tentando esmagar o povo fraternal, mas sem os resultados esperados.
A recusa dos EUA, disse ele, foi apoiada apenas por Israel, um governo racista que oprime o povo palestino e também viola as resoluções sancionadas pelo órgão multilateral.
No caso das abstenções, a Ucrânia de Volodimir Zelenzky e o Brasil do fascista Jair Bolsonaro mostraram ao mundo o que eles são e os interesses que representam, ele observou.
Durante a 77ª sessão da Assembleia Geral da ONU, após a apresentação pela 30ª vez da resolução de Havana sobre a necessidade de terminar o cerco, apenas dois países se abstiveram (Brasil e Ucrânia), e um número igual disse estar contra o documento (os Estados Unidos e Israel).
A votação foi precedida de discursos de representantes de países e organizações, que insistiram na importância de abolir esta política, considerada o principal obstáculo para o desenvolvimento do país caribenho.
O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, observou que o bloqueio, intensificado de forma extrema durante a administração de Donald Trump (2017-2021), procura infligir o maior dano possível às famílias cubanas, uma medida cruel e desumana que constitui um ato de guerra econômica, disse ele.
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