A intervenção de Lula está prevista no espaço da ONU chamado Zona Azul.
Ele também deve participar nesta quarta-feira, junto com outros governantes brasileiros, da conferência chamada Carta da Amazônia, agenda comum para a transição climática.
Em seus discursos desde que foi eleito (30 de outubro), ao derrotar nas urnas o presidente de extrema direita Jair Bolsonaro, o ex-líder sindical reitera que o combate à fome é sua prioridade.
Segundo pessoas próximas ao fundador do Partido dos Trabalhadores, em seu discurso ele deve aproveitar o foco internacional para reafirmar pontos de seu discurso após a vitória eletiva.
Entre eles, a busca pelo desmatamento zero e o foco na atração de investimentos em bioeconomia e energia limpa e renovável.
Seu futuro governo aposta em recursos externos e investimentos voltados ao combate às mudanças climáticas como forma de impulsionar a economia nos próximos anos.
Na véspera, Lula conversou com os enviados dos Estados Unidos e da China ao evento da ONU.
“Me encontrei há pouco com John Kerry, dos Estados Unidos, e Xie Zhenhua, da China, que representam seus países, as duas maiores economias do mundo, no debate climático da COP27”, escreveu Lula na rede social Twitter.
Ainda naquele dia, o petista conversou em particular com o timoneiro do Senado, Rodrigo Pacheco, e discutiu o Auxilio Brasil, programa que voltará a se chamar Bolsa Família e atende famílias carentes.
A discussão sobre a retirada do valor do Bolsa Família (até agora em 600 reais cerca de 117 dólares do teto de gastos) está sendo feita pela equipe de Lula que prepara a chamada Proposta de Emenda à Constituição da Transição.
Em diversas ocasiões, Lula destacou que seu principal desafio em seu terceiro mandato presidencial será tirar milhares de brasileiros da situação de insegurança alimentar.
No momento, há grandes expectativas de que ele faça anúncios importantes no evento que polariza as atenções mundiais.
Também que o Brasil corrija os erros da desastrosa política ambiental do governo Bolsonaro.
Esta é a primeira viagem de Lula ao exterior como presidente eleito. No Egito, ele também tem encontros marcados com o secretário-geral da ONU, António Guterres, o presidente do país anfitrião, general Abdel Fattah El-Sisi, e com líderes de outras nações no combate ao desmatamento.
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