Entre as questões discutidas está a emissão de dívida soberana tokenizada como alternativa aos empréstimos do FMI, disseram os participantes.
A nomeação também incluiu temas como a adoção da bitcoin em El Salvador, liberdade financeira e a teoria dos intermediários de criptomoedas.
Defensores do Bitcoin, como o diretor de tecnologia da Bitfinex, Paolo Ardoino, e o CEO da JAN3, Samson Mow, que estruturou a emissão de obrigações vulcânica anunciada há um ano pelo presidente salvadorenho Nayib Bukele, participam do congresso.
O encontro nesta capital teve como pano de fundo o colapso da plataforma de criptomoedas FTX que abalou os mercados deste negócio virtual, que pretende se tornar uma alternativa independente ao dólar.
Na quarta-feira, o banco de investimento em criptoativos Genesis Global Trading suspendeu temporariamente a originação e o reembolso de empréstimos em sua unidade de empréstimo, Genesis Global Capital, devido à falta de liquidez exacerbada pela queda do FTX, disse sua controladora, Genesis, no Twitter.
Esta entidade tem uma base de clientes institucionais e no final de setembro tinha empréstimos ativos no valor de 2,8 bilhões de dólares, segundo informa o seu site.
O evento, que termina nesta quinta-feira, inclui uma visita ao Bitcoin Beach, em El Zonte, a primeira comunidade de El Salvador que usou a bitcoin como moeda de circulação.
Alguns dos promotores da moeda virtual consideram que esse tipo de fórum é uma vantagem para El Salvador, pois mais pessoas no mundo “aprendem a usar bitcoin”, algo que hoje é questionado por pesquisas que afirmam que cerca de 70% da população o consideram uma iniciativa fracassada.
Até agora, e apesar da grande exibição de propaganda, El Salvador não recebeu os grandes investimentos que o governo esperava ao tornar o token virtual moeda corrente no país.
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