A aliança Pueblo Unidos por la Vida, que reúne diversos grupos sindicais, sindicatos e movimentos comunitários, destacou que os protestos nas ruas continuariam diante de procedimentos ilegais no processo de regulamentação do Fundo de Seguridade Social (CSS) que atravessa uma crise financeira e estrutural.
O porta-voz daquele grupo, Jorge Guzmán, explicou à Prensa Latina que, na falta de acordos sobre as propostas das organizações sociais para reestruturar o diálogo sobre o assunto, a diretoria do CSS se prepara para entregar uma proposta de regulamento ao Presidente da República. impulsionado pelo setor privado.
Nessa entidade, a representante do Conselho Nacional da Empresa Privada (Conep), Aida Ureña, impôs medidas paramétricas no projeto que aumentam a idade de aposentadoria e as contribuições dos trabalhadores para a previdência, segundo consta.
Guzmán lembrou que na mesa única de diálogo na cidade de Penonomé (Coclé), instalada em julho passado com o Governo, funcionários do CSS como Edwin Salamin, seu secretário-geral, prometeram considerar as propostas das alianças populares que optam por resgatar um sistema e mudar o moderador nessas conversas.
Não cumprem estes acordos, disse, como têm feito em todos estes meses com outros relacionados com os preços dos alimentos, medicamentos e eletricidade.
Por sua vez, o dirigente sindical Mario Serrano, da Central Nacional de Trabalhadores do Panamá (CNTP), ratificou que os coletivos decidiram suspender o trabalho nas mesas de acompanhamento dos acordos Penonomé sobre cesta básica, educação e medicamentos, devido à falta de seriedade do Executivo.
O início de uma segunda fase do diálogo nacional para o Panamá, que deveria ter começado no final de outubro passado, sob pressão de particulares em cumplicidade com o governo, ainda não foi definido, ressaltou.
Nos últimos sete dias, também se destacaram as sessões finais da 19ª Conferência das Partes (COP19) da Convenção sobre Comércio Internacional de Espécies da Fauna e Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção (Cites).
Naquela cúpula global, foi aprovada a resolução para proteger os tubarões, considerada histórica e destinada a coibir o comércio ilegal de barbatanas de tubarão, especialmente no leste da Ásia, onde são cobiçadas para o preparo de sopas.
A maioria dos mais de dois mil delegados de 183 países, com ressalvas da representação do Japão, concordou em regular o tráfico de 54 espécies das famílias de tubarões-requiem (Carcharhinidae) e tubarões-martelo (Sphynidae).
Ao anunciar a medida, a panamenha Shirley Binder, que apresentou a proposta, destacou o impacto que teria ao incluir esses espécimes, em perigo de extinção, no Anexo II da Cites (comércio regulamentado) e que se estima poder ser de 90% fazer mercado. As espécies com comércio proibido estão incluídas no Anexo I da Cites, que desde sua entrada em vigor em 1975, estabeleceu regras de comércio internacional para mais de 36.000 espécies silvestres.
O plenário também aprovou por unanimidade a inclusão no Anexo II da família das raias-de-violão (Rhinobatidae) e várias espécies de raias de água doce (Potamotrygon) e endossou propostas sobre crocodilos, sapos, tartarugas e outras espécies de todo o mundo.
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