O trabalho, levado a cabo pela empresa demoscópica IFOP, revelou que 86 por cento dos inquiridos apoiam o projeto de lei apresentado pela LFI na Assembleia Nacional e que pretende incluir na carta magna a frase “a lei garante a eficácia e igualdade de acesso ao direito à interrupção voluntária da gravidez”.
Segundo o IFOP, a proporção de pessoas a favor dessa iniciativa aumentou cinco pontos desde junho, levantamento feito após a decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos de anular a proteção do direito ao aborto na esfera federal.
Na França, quarenta e oito anos depois que a Câmara dos Deputados aprovou a lei que autoriza o aborto, apenas 1,0% dos entrevistados continua a se opor ao direito da mulher ao aborto, independentemente do contexto, e 4,0% é a favor apenas se a gravidez colocar em risco a vida da mulher.
Agora a iniciativa do LFI de incluir o direito ao aborto na Constituição, já aprovada na Assembleia Nacional, deve passar pelo Senado, que tem maioria de direita e, em princípio, se opõe a aceitar o projeto nos termos redigidos.
mgt/acm/hb