Assim, um afro-estadunidense tem duas vezes mais chances de ser recusado após solicitar uma hipoteca em comparação com um candidato branco, exacerbando a diferença de propriedade entre os dois grupos raciais, de acordo com um relatório da Associação Nacional de Hipotecas. Corretores.
Embora as negações de empréstimos tenham diminuído desde a crise financeira de 2008 em geral, a diferença nas taxas entre brancos e negros aumentou significativamente, observou a análise.
No primeiro dos grupos, o valor da rejeição atinge agora os 6%, contra 15 pontos percentuais do segundo, de acordo com a investigação citada pelo The New York Times.
Atualmente, acrescenta o relatório, quase 45% das famílias afrodescendentes são donas de casa, em contraste com mais de 74% das famílias brancas.
Em comparação com dados de 50 anos atrás, a diferença na casa própria cresceu entre um grupo e outro, porque se em 1970 era de cerca de 24%, hoje é de 30%, apontou.
“A discriminação e o racismo sistêmico continuam ocorrendo em todo o país. Não mudou e, se isso não mudar, é claro que nossos números não vão mudar”, disse Lydia Pope, presidente da associação autora do estudo.
A pesquisa também observou que, dos afro-americanos que solicitaram uma hipoteca, cerca de 34% foram recusados devido à relação dívida/renda, em comparação com 29% dos solicitantes brancos.
Da mesma forma, os primeiros recorreram quase três vezes mais a empréstimos de alto custo, já que 14 % deles obtiveram um empréstimo com essas características em 2021, ante os 5% registrados para tomadores brancos.
“Os afro-estadunidenses estão progredindo lentamente na aquisição de casa própria. Mas as barreiras são tão substanciais que nunca chegarão perto de preencher a lacuna, a menos que o governo tome medidas para reparar os danos”, disse Jim Carr, especialista em política urbana e financiamento habitacional e coautor do relatório.
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