Havana, 3 dez (Prensa Latina) As ausências, as diversas formas de assumir a paternidade e a exploração emergem hoje como temas centrais do Festival Internacional de Cinema Latino-Americano, que apresenta o filme mexicano La Caja.
A longa-metragem dirigida pelo venezuelano Lorenzo Vigas, figura na seleção em competição, que integra uma centena de títulos dos mais de 180 escolhidos para projetar até 11 de dezembro em quatro salas desta capital.
Segundo a sinopse desta parcela, a trama se concentra na jornada do adolescente Hatzim para recolher os restos mortais de seu pai, enterrado em uma cova no deserto e ao chegar ao local conhece o empresário Mario, com quem desenvolveu um ótimo anexo.
Nesse contexto, o menino entra no cenário convulsivo de pais ausentes na região, masculinidades, exploração do trabalho e desaparecimento de mulheres no México, questões que o filme traz à tona.
Com narrativa situada no norte do país, o audiovisual mostra um filho que tenta conquistar o carinho do novo pai: Mário, fazendo trabalhos escusos, já que o empresário era recrutador de pessoal em fábricas com péssimas condições de trabalho. Protagonizado por Hernán Mendoza, Hatzín Navarrete, Elián González, Cristina Zulueta, Dulce Alexa Alfaro e Graciela Beltrán, o filme “propõe uma nova descida ao inferno que é também um retrato sociológico e até antropológico de todo um continente”, relata a crítica especializada.
Da mesma forma, os especialistas apontam a presença de “tudo de ruim que existe no México”, por meio de “uma obra bem observada, interpretada por um elenco excepcionalmente bem escolhido, que o deixa intrigado com as sutis mudanças na relação dos personagens”, detalha o The Hollywood Reporter.
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2022-12-03T00:44:30