Em entrevista ao canal local Al Manar, o chefe da sede diplomática de Damasco nesta capital pediu uma ousada decisão oficial libanesa e pressão sobre os países doadores e organizações internacionais para que devolvam os deslocados à sua terra natal.
Ao final de sua missão no país, Karim Ali denunciou que o sufocamento econômico da Síria em decorrência das sanções dos Estados Unidos, da presença estrangeira e da ocupação de regiões petrolíferas e tritícolas, não ocorre sem planos liderados pelo Ocidente.
Nesse sentido, o governante insistiu que o mundo enfrenta um cenário complexo e que a realidade atual na Síria, Líbano e Iraque não está longe disso.
Formado em língua e literatura árabe pela Universidade de Damasco, Karim Ali é o primeiro embaixador da República Árabe da Síria no Líbano após a troca de relações diplomáticas em 2009.
Em sua visita de despedida ao ex-presidente Michel Aoun (2016-2022), o embaixador expressou seu entusiasmo pela relação fraterna e integração entre os dois países e o compromisso da Síria com esses laços especiais.
O governo libanês estima 1,5 milhão de refugiados sírios, dos quais 90% vivem em extrema pobreza, com maior presença na região de Bekaa, a leste da capital.
No final de outubro, iniciou-se o processo de retorno dos cidadãos sírios ao seu país, por meio de várias caravanas de solo libanês, após tramitação de fichas de segurança com os nomes dos que desejavam retornar.
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