O Tribunal Eleitoral iniciou a auditoria das rubricas de apoio aos candidatos independentes, fase que termina em julho do próximo ano, devido a denúncias antecipadas de irregularidades na utilização de plataformas de Internet como uma aplicação para telemóveis.
Segundo o diretor nacional de Organização Eleitoral, Osmán Valdés, a verificação consiste em confirmar se os parâmetros definidos de apoio ao cidadão foram cumpridos.
A validação enfatiza os pré-candidatos ou seus indicados, que possuem vídeos com possíveis inconsistências, processo que as organizações sociais valorizam como uma prévia de fraude na consulta de 5 de maio de 2024.
Por outro lado, nos últimos sete dias as organizações políticas tradicionais apareceram na corrida eleitoral antes da realização de eleições primárias (internas) no primeiro semestre de 2023 com pessoas já estabelecidas como seus potenciais candidatos.
Segundo esses grupos, pelo menos quatro figuras do governista Partido Revolucionário Democrático (PRD) estão preparando estratégias para chegar ao Palácio de las Garzas (sede do Executivo), incluindo o atual vice-presidente da República, José Gabriel Carrizo e o chefe da Assembleia Nacional (parlamento), Crispiano Adames.
A estes dois parlamentares do PRD, sem terem anunciado a intenção de concorrer, juntam-se o ex-presidente Martin Torrijos (2004-2009) e o empresário Anel Flores, este último de grande amizade com o deputado e presidente do PRD, Benicio Robinson, dizem analistas.
Não é menor o papel dos pequenos partidos na formação de alianças e nas chances de vitória de alguns dos presidenciáveis.
Um estudo de consultas anteriores, divulgado por meios de comunicação locais como o jornal La Estrella de Panamá, aponta, por exemplo, como o Movimento Nacionalista Republicano Liberal (Molirena) contribuiu para o triunfo do atual Presidente da República, Laurentino Cortizo, em 2019, que obteve um total de 655.302 votos, pouco mais de 33 por cento dos votos válidos, superando Rómulo Roux (Cambio Democrático).
Durante a semana também foi enviada uma carta ao chefe de Estado pelo escritório regional da Federação Sindical Mundial (FSM) na qual repudia os abusos judiciais contra dirigentes sindicais.
A FSM manifestou a sua preocupação ao saber da decisão do juiz de liquidação de processos criminais ao condenar sete dirigentes sindicais a 60 meses de prisão, por alegadas irregularidades na gestão do seguro escolar.
Em sua mensagem, o organismo internacional indica que é sabido que em auditoria realizada no istmo pela Controladoria Geral da República, foi constatado que não houve desvio desses recursos, administrados pelo Ministério do Trabalho e Desenvolvimento Trabalhista.
Nesse sentido, a FSM solicitou às autoridades panamenhas sua intervenção para restabelecer a justiça, deixando o referido processo sem efeito.
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