Ao discursar no encerramento do evento que durou três semanas, o chefe da delegação da ilha, Rodolfo Benítez, destacou a criação de um grupo de trabalho encarregado de desenvolver medidas específicas para fortalecer a Convenção, incluindo ações de verificação legal vinculativas.
O diretor-geral de Assuntos Multilaterais e Direito Internacional da Chancelaria destacou que a criação deste grupo foi defendida pela nação antilhana e outros membros do Movimento dos Países Não Alinhados (NAM).
Essas delegações defenderam durante a Conferência ações concretas para prevenir e evitar o uso de armas biológicas e promover a cooperação para o uso pacífico de agentes biológicos.
No entanto, Benítez lamentou que alguns Estados-partes mantivessem uma posição inflexível, o que impediu que o fórum pudesse dotar o mecanismo multilateral de um Comitê de Cooperação destinado a promover a colaboração nas esferas da biologia e da biotecnologia, fundamentais em áreas que vão da saúde humana à desenvolvimento agrícola.
Como aspecto animador, destacou o compromisso assumido na Nona Conferência de Revisão da Convenção de Armas Biológicas de avançar em um curto espaço de tempo para a criação do referido Comitê.
Cuba defende que este órgão trabalhe a favor da eliminação das medidas coercitivas unilaterais aplicadas contra alguns Estados Partes da Convenção, como o bloqueio econômico, comercial e financeiro que Washington impõe à ilha há mais de seis décadas.
A delegação da maior das Antilhas, integrada também pelo embaixador na ONU-Genebra, Juan Antonio Quintanilla, e outros diplomatas, denunciou na reunião realizada nesta cidade suíça a violação que o bloqueio estadunidense representa ao artigo X da Convenção com 184 Estados Partes, seção que trata de questões de cooperação internacional.
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