Este fórum internacional será realizado em Potosí no início de 2023, disse Félix Terceros, diretor geral executivo do Instituto Nacional de Inovação Agrícola e Florestal (Iniaf), a Prensa Latina.
Como parte de sua preparação, Terceros liderou a Segunda Conferência Científica e o Segundo Encontro de Diálogo de Conhecimento, Ancestral e Cultural, que aconteceu no Hotel Camino Real na cidade nos dias 24 e 25 de novembro.
O encontro com um enfoque científico e cultural foi caracterizado por uma ampla participação com a presença de diretores do Ministério do Desenvolvimento Rural e Terras, cientistas, produtores, professores universitários e estudantes, assim como autoridades de comunidades nativas.
Foi tanto um diálogo científico quanto cultural”, disse ele a esta agência de notícias, “e é por isso que aqueles que fazem pesquisa para desenvolver e introduzir as tecnologias e os portadores do conhecimento cultural e ancestral estavam envolvidos.
A Terceros considerou esta interação muito útil como parte dos preparativos da Bolívia para o VIII Congresso Mundial de Quinoa, tanto em termos de produção quanto de comercialização.
Com relação a este alimento, enfatizou que nos últimos anos o país das terras altas havia mostrado algumas fraquezas em termos de exportação, e no VIII Congresso eles aspiram a resolver várias questões relacionadas a este problema.
Com o objetivo de recuperar a liderança no mercado internacional da quinoa, autoridades e inovadores estão se preparando para melhorar a fertilização para mitigar os efeitos da mudança climática sobre esta cultura.
“Temos que influenciar a fertilização, não deixar que nossos grãos dourados tenham que sobreviver sozinhos, temos que começar a ajudá-la, pois os efeitos da mudança climática estão causando um declínio na produção”, disse Shirley Rojas, diretora da atividade fundamental da Iniaf.
Este foi um dos organizadores da Segunda Conferência Científica e do Segundo Encontro de Diálogo de Conhecimento, Conhecimento Ancestral e Conhecimento Cultural.
Rojas disse à imprensa que é necessário aumentar a fertilização e, ao mesmo tempo, revalorizar o diálogo de conhecimento dos produtores, que ele descreveu como “bibliotecas ambulantes” por causa do grande conhecimento que acumulam, mas que precisam de ajuda na luta contra a mudança climática.
Insistiu que fóruns científicos como o realizado em novembro deveriam aprofundar a complementaridade dos setores produtivos e científicos promovidos pelo Estado.
jf/jpm/bm