Segundo o secretário de Estado da Economia, Ivan dos Santos, o Executivo pretende alargar o raio de ação do Programa de Apoio ao Crédito (PAC), centrado nas potencialidades de cada província, na juventude e na igualdade de gênero, noticiou a televisão pública TPA Notícia.
Segundo o governante, uma das prioridades para o próximo ano será optar por um PAC mais descentralizado, com o objetivo de reduzir as assimetrias existentes entre os diferentes territórios.
Ainda assim, reconheceu que grande parte dos projetos e desembolsos realizados favoreceram fundamentalmente a província de Luanda.
De acordo com o Jornal de Angola, o representante do Ministério da Economia e Planeamento confirmou ainda a aprovação até ao momento de 1.807 projetos, dos quais 1.933 já receberam financiamento através do Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA).
A agricultura é o ramo que mais beneficia com a entrega de dinheiro para 413 empresas, seguida do comércio e distribuição (268), atividade pecuária (146), indústria transformadora (106) e pesca (82), explicou.
Os contratos de crédito contemplam um período de carência de 15 meses e as primeiras amortizações terão início em agosto do próximo ano, informou Dos Santos, que destacou a decisão do BDA de realizar visitas de acompanhamento às iniciativas financiadas durante o ano de 2023.
Dos Santos lembrou que o PAC é um instrumento fundamental para assegurar o Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição de Importações (Prodesi), com o registo, desde 2019 até à data, dos 1.800 projetos referidos, publicou a agência Angop.
Os números apresentados pelo responsável endossam a aprovação de empréstimos no valor total de 71,9 mil milhões de kwanzas (cerca de 142,6 milhões de dólares), embora a disponibilidade real até ao momento ascenda a 61 mil milhões de kwanzas (cerca de 121 milhões de dólares), especifica o relatório.
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