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Ao ritmo da milonga

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Ao ritmo da milonga

Por Orlando Oramas Leon Montevidéu, 25 dez (Prensa Latina) No Uruguai, a milonga e o tango são comuns, assim como suas raízes, tonalidades e sentimentos compartilhados por uruguaios, argentinos e também gaúchos, no Brasil.

Os conhecedores dizem que a milonga foi o primeiro gênero folclórico nesta área do imenso Río de la Plata, que das margens de Montevidéu parece um mar.

A palavra alude a um gênero musical do Rio da Prata, embora a palavra venha da África, de um termo bantu que pode ser traduzido como “palavreado”.

Dizem que nasceu na década de 1870 no Uruguai, nas camadas mais populares, cidadelas, bares, especialmente na zona portuária de Montevidéu, com a contribuição de imigrantes europeus e africanos.

A milonga soa a três tempos por compasso e desenvolve-se a partir da “payada”, semelhante ao contraponto da música camponesa cubana, enquanto o tango o faz a dois. A letra da primeira é mais malandra e o ritmo é mais leve e engraçado, rústico e bem-humorado, embora também se sofra com elas.

Ao longo do tempo foram definidas duas variáveis: a folclórica, que é reeditada no meio rural, e o cidadã, que prevaleceu na música popular da região e é parte indissociável da cultura gaucha, afro-uruguaia e afro-argentina. É comum ouvi-la nos carnavais, principalmente no de Montevidéu.

O musicólogo uruguaio Lauro Ayestarán percorreu o país por mais de duas décadas para documentar registros sonoros, visuais e testemunhais do folclore.

Dessa viagem trouxe a canção Alborada criolla, gravada pelos payadores Alberto Moreno (canto e violão) e Héctor Abriola (violão) no departamento de Rocha. Para o especialista é antológico em termos de rima, num percurso de versos que faz referência à fauna autóctone e descreve paisagens campestres.

Um de seus cantores emblemáticos foi Alfredo Zitarrosa, um dos cantores uruguaios mais conhecidos e que levou a milonga a outras terras, inclusive ao México, onde viveu exilado durante a ditadura.

E se se trata de dançar, eis como se executa: “baldosa” ou saída de costas em seis contagens, progressiva em quatro contagens, progressiva com recuo, caminhada em três contagens, balançando, outra balançando, mas cruzada, depois ziguezague e termina na ponta dos pés.

Mas não é tão complicado se você provar e dançar nas noites montevideanas em lugares como El Chamuyo, La Clandestina ou El Milongón.

(Extraído de Cuarta Pared, suplemento cultural de Orbe)

/hb

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