Tel Aviv, 31 dic (Prensa Latina) O ex-primeiro-ministro israelense Ehud Barak criticou hoje o novo governo, o mais direitista da história do país, apontando que mostra sinais de fascismo e que tem racistas messiânicos entre seus membros.
Este Executivo promove um golpe em Israel diante dos nossos olhos, com o seu racismo, corrupção, castração da justiça, politização da polícia e enfraquecimento da cadeia de comando do Exército, disse Barak, citado pela imprensa nacional.
Barack aludiu, assim, aos poderes conferidos ao ultradireitista Itamar Ben Gvir sobre a polícia após ser nomeado ministro da Segurança Nacional e aos planos de promover uma “cláusula de nulidade”, que permitiria ao parlamento legislar leis anuladas pelo Supremo Tribunal Federal da Justiça.
Aqueles que enfrentam um julgamento criminal uniram forças com racistas messiânicos para derrubar a democracia em Israel, disse ele, referindo-se ao chefe de governo, Benjamin Netanyahu, que enfrenta três casos de suborno, fraude e quebra de confiança.
Ele também questionou a coalizão no poder, formada por partidos ultraortodoxos e de extrema direita, com um discurso abertamente racista, antiárabe e homofóbico.
O retorno ao poder de Netanyahu, que governou esta nação por 15 anos, e seus associados de extrema-direita está causando preocupação no Oriente Médio e em amplos setores da sociedade israelense.
O deputado árabe-israelense Ayman Odeh conclamou ontem a protestar nas ruas do país contra Netanyahu e seus aliados.
Há poucos dias, a ex-chanceler Tzipi Livni afirmou que o novo Executivo destruirá a democracia no país.
Justamente, uma pesquisa divulgada na véspera pela empresa Geocartografia revelou que 60% da população concorda com Livni.
O Jerusalem Post revelou este mês que mais de 330 rabinos americanos vão boicotar o governo Netanyahu.
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31/12/2022T05:19:18