Pelo seu percurso excepcional, era de se esperar homenagens e honras à memória do tricampeão mundial que colocou o clube santista e a verde-amarela no epicentro do desporto universal.
Como previsto, o prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, anunciou que a antiga Avenida Radial Oeste, uma das principais vias de acesso ao lendário estádio do Maracanã, passará a se chamar Avenida Pelé.
Segundo Paes, o decreto será publicado nesta quarta-feira no Diário Oficial da União e a partir daí a via pública será oficialmente renomeada, embora internautas nas redes sociais tenham sugerido que “Rei” seja acrescentado à designação.
O governador Rodrigo García também anunciou que o complexo viário da Nova Entrada de Santos, uma das maiores obras de infraestrutura da cidade de São Paulo, receberá o nome do Rei Pelé.
Elevar alguém que foi engraxate quando criança também aconteceu em vida, como em Salto, município do interior de São Paulo, onde as ruas levam apenas nomes de mortos. Desde 1970 existe a rua Pelé, uma exceção à regra.
Se alguém mencionar que mora em Edson Arantes do Nascimento, será importante perguntar qual. Afinal, há em Três Corações (MG), Barbacena (MG), São José do Rio Preto (SP), Campo Formoso (BA) e Caruaru (Pernambuco), onde o nome é o mesmo, mas é uma avenida.
Da mesma forma, há o Centro de Treinamento Rei Pelé, em São Paulo, onde o clube santista prepara suas equipes de base e profissionais, e o Museu Pelé, que expõe mais de 2.500 objetos ligados à vida do artista do jogo bonito”.
Na nativa Três Corações, além da rua e do ginásio com o nome do ex-jogador, fica a Praça Pelé, onde está sua estátua erguendo a taça Jules Rimet.
Durante sua passagem pelo Brasil para assistir ao velório e sepultamento do apelidado de Pérola Negra, o diretor da FIFA, Gianni Infantino, revelou que está conversando com os presidentes das federações para que cada país do mundo tenha um estádio de futebol com o nome de Pelé.
“Daqui a 50 ou 100 anos, quando uma criança perguntar quem foi Pelé, a gente vai poder lembrar dele. E no lugar onde ele fazia seus gols, a emoção do futebol”, disse.
O Rei foi diagnosticado em setembro de 2021 com câncer de cólon e após tratamentos e internações fechou os olhos para sempre, aos 82 anos, no dia 29 de dezembro no hospital Albert Einstein, em São Paulo, vítima de falência múltipla de órgãos, fruto da progressão do tumor associado à sua condição clínica anterior.
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