A trajetória da PF é a seguinte: “investigar, e continuará a fazê-lo”. Houve uma série de atos cometidos que são crimes, e eles precisam ser esclarecidos”, disse Passos à coluna do Painel do jornal Folha de São Paulo.
Ele deixou claro que “o que quer que seja um crime será investigado, seja ele quem for”, ele advertiu.
“Se houve um fracasso, se houve uma omissão, se houve um problema, avaliaremos de agora em diante”, observou ele.
Pasos enfatizou que ele ainda está analisando as investigações em andamento e, se necessário, outras serão abertas.
Na véspera, o Grupo Prerrogativas, formado por juristas e advogados, anunciou que se unirá ao movimento “sem anistia”, com o objetivo de responsabilizar Bolsonaro por possíveis crimes cometidos durante sua presidência entre 2019 e 2022, especialmente durante o período da pandemia de Covid-19.
Por enquanto, a viagem do ex-oficial militar aos Estados Unidos o afasta de qualquer perigo legal no gigante sul-americano.
Especialistas asseguram que o futuro do político ultraconservador pode estar nas mãos do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que teve fortes fricções com o ex-capitão do exército.
A partir de 1º de janeiro, Bolsonaro, derrotado nas urnas em 30 de outubro pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, perdeu o chamado fórum privilegiado.
Com esta brecha, ele poderia sentar-se no banco dos réus como um réu comum para algumas das ações pendentes perante o STF.
Segundo os especialistas, o ex-governante ficou sem o benefício especial da prerrogativa do cargo, mais conhecido como o fórum privilegiado.
Eles detalham que a proteção de que ele desfrutou até agora é destinada à função, não à pessoa. Portanto, após chegar ao fim de seu mandato desgastado, o ocupante falido do Palácio do Planalto, a sede do poder executivo, pode ser julgado.
Bolsonaro também perdeu a assistência jurídica da Procuradoria Geral da União, responsável pela defesa do Executivo, assim como a rapidez e diligência da Procuradoria Geral, que é professora na apresentação de reclamações.
Com futuras complicações legais em mente, o ex-presidente tem estado em silêncio desde a derrota eleitoral.
Somente em uma mensagem lacrimosa antes de partir para um feriado nos EUA, ele reconheceu que havia trabalhado “para encontrar alternativas” após a votação, mas sem sucesso.
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