Uma relação migratória mais normal, que inclua visitas temporárias entre os dois países, também contribuiria para reduzir o potencial migratório; Ao mesmo tempo, favoreceria a comunicação entre as famílias, afirmou o diretor de Assuntos Consulares e Cubanos Residentes no Exterior, Ernesto Soberón.
O funcionário prestou declarações ao portal digital Cubadebate nas quais avaliou as novas decisões imigratórias do governo do democrata Joseph Biden, por meio das quais serão reforçadas as restrições para quem tentar cruzar a fronteira com o México sem a documentação necessária.
Soberón destacou que o descumprimento desde 2017 do compromisso de conceder um mínimo de 20.000 vistos por ano e o fechamento injustificado dos serviços consulares da embaixada dos Estados Unidos em Cuba, que foi corrigido recentemente, causaram um acúmulo e crescimento significativo do potencial migratório.
Acrescentou que o reforço do bloqueio econômico desde 2019 agravou esta situação.
O diplomata destacou que o arquipélago caribenho mantém uma posição consistente em favor de uma migração regular, ordenada e segura e para isso vários acordos bilaterais foram assinados com os Estados Unidos desde 1980.
Ele acrescentou que Cuba alertou o governo dos EUA por anos sobre os riscos de estimular a emigração irregular, com a vigência da Lei de Ajuste Cubano e o tratamento privilegiado e politicamente motivado recebido pelos cubanos que chegam ao território estadunidense.
Soberón destacou que a emigração irregular é arriscada e faz com que as pessoas sejam vítimas do crime organizado, acrescentando que a política de imigração de Cuba facilita a viagem de seus nacionais ao exterior e seu retorno à ilha de maneira regular, ordenada e segura. mem/jfs/ls