Documentos desclassificados pelo governo dos EUA mostram o monitoramento detalhado da CIA dos voos da Cubana de Aviación para Cuba, comentou no Facebook o diretor-geral para América Latina e Caribe do Ministério de Relações Exteriores de Cuba, Eugenio Martínez.
Um dos arquivos desclassificados é uma comunicação sobre o trabalho de vigilância da estação da Agência no México, cujas fontes espionaram os voos da Cubana de Aviación com destino à ilha caribenha e enviaram cópias dos manifestos a Washington.
Segundo o documento, agentes estadunidenses, em cooperação com altas autoridades mexicanas, tiveram acesso aos passaportes e fotografias de alguns passageiros suspeitos de serem agentes soviéticos que chegaram ao país procedentes de Havana.
Inclusive, foi realizada uma operação de escuta telefônica contra a embaixada de Cuba no México e eles acessaram as comunicações entre o escritório da Cubana de Aviación e o Escritório de Controle Aéreo do aeroporto mexicano.
Como resultado dessas ações, os serviços secretos dos Estados Unidos conheciam as listas de passageiros que entravam e saíam do México por essa rota, bem como o conteúdo dos voos de carga e até mesmo o conteúdo das bagagens dos passageiros.
Em 1963, Cuba e os Estados Unidos romperam relações diplomáticas e ocorreram a invasão de Playa Girón e a Crise dos Mísseis.
Nesse ano houve alguns contatos entre a administração de John F. Kennedy e o governo cubano para estabelecer um diálogo, mas em 22 de novembro ocorreu o assassinato do presidente democrata.
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