O gerente do Instituto Boliviano de Comércio Exterior (IBCE), Gary Rodríguez, afirmou que, dadas as condições necessárias, esse objetivo é alcançável, e baseou o critério nos 228 milhões de dólares alcançados no final de novembro de 2022 com vendas externas de carne bovina, peles e leite.
Segundo o especialista, esse resultado constitui a grande revelação das exportações não tradicionais nos últimos anos.
O economista recordou que em 2005 estas vendas mal chegavam aos dois milhões de dólares por mil toneladas, mas desde 2019 registaram um crescimento exponencial.
A abertura do mercado chinês em agosto daquele ano significou um grande impulso e levou a um recorde de volumes e valores.
Em relação a 2022, fez com que nos primeiros sete meses a Bolívia superasse em valor tudo o que exportou em 2021 (102 milhões de dólares), com 110 milhões.
Rodríguez informou que a China importa mais de 60 por cento da oferta exportável de carne bovina e seus derivados, e destacou que esses produtos estão em alta demanda em mais de 10 nações.
O gestor publicou o artigo intitulado, Dá para imaginar quanto mais poderia ser feito, no qual afirma que até novembro de 2022 a exportação de 18 mil toneladas de carne bovina significou quase 116 milhões de dólares.
A isto foram adicionados miudezas comestíveis (vísceras) e carnes industrializadas (hambúrgueres) por quase 54 milhões de dólares e cerca de 10.500 toneladas.
O chefe do IBCE destacou que com esses resultados esse item passou a ser o terceiro mais importante das vendas não tradicionais para o exterior, algo que não pode e nem deve passar despercebido.
Descreveu que só fica atrás das vendas de castanha (189 milhões de dólares) e soja e seus derivados, que somam 2,94 milhões.
O diretor geral do Serviço Nacional de Saúde Agrícola e Segurança Alimentar, Javier Suárez, informou a imprensa que em 20 anos o governo investiu mais de 115 milhões de dólares na campanha para erradicar a febre aftosa com e sem vacinas, o que beneficiou mais de 270.000 produtores pecuários.
Segundo Suárez, esse resultado permitiu abrir mercados para a exportação da carne bovina boliviana em destinos como Equador, Colômbia, Venezuela, Cuba, Angola, Vietnã, Peru, Gabão, China e Rússia, principalmente.
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