Em comunicado publicado na agência noticiosa estatal ACNC, Jo Chol Su, diretor-geral do Departamento de Organizações Internacionais do Ministério dos Negócios Estrangeiros da RPDC, refutou as recentes críticas de António Guterres perante o Conselho de Segurança à política do país e sua capacidade nuclear.
Durante o seu discurso, patrocinado pelo Japão, o chefe da organização internacional qualificou o programa de autodefesa da RPDC como ilegal e um perigo evidente e existente, disse o diplomata à imprensa.
Jo Chol Su opinou que Guterres não se liberta do que considera opinião invariável, parcial e de senso comum para pensar sobre a situação atual da Península Coreana, o que lamentou profundamente.
O responsável coreano confirmou que a RPDC está a desenvolver a sua capacidade defensiva do seu jeito justo e direito como país independente membro da ONU e exortou o representante da organização internacional a questionar primeiro o Japão, nação estipulada como inimiga da Carta das Nações Unidas, por converter-se em uma potência militar.
Além disso, “Guterres deve explicar por que os Estados Unidos, os primeiros do mundo em posse de armas nucleares e em gastos militares, têm extraterritorialidade no cenário da ONU”, disse.
Reiterou o apelo de Pyongyang para tratar os assuntos da Península Coreana de forma imparcial, objetiva e com base nos princípios que regem o funcionamento do órgão internacional.
Ele alertou mais uma vez que os Estados Unidos estão constantemente introduzindo meios de ataque nuclear na Península Coreana e na região, fato que aumenta a insegurança na área.
Jo Chol Su enfatizou que a permissibilidade de tais ações é uma diretriz de duplo padrão e um ato perigoso que destrói a confiança da sociedade internacional na ONU.
Ele destacou que o principal fator de desordem no mundo é justamente a coerção, a arbitrariedade e a violação do direito internacional por parte dos Estados Unidos e seus aliados.
Assegurou que o mundo não conseguirá sair dessa situação enquanto permanecer intacto o comportamento unilateral de Washington, que para manter sua posição hegemônica viola flagrantemente os princípios da Carta da ONU sobre igualdade de autoridade, respeito à soberania e não intervenção nos assuntos internos, acrescentou.
Por outro lado, o diplomata da RPDC precisou que o Japão carece de qualidade moral e jurídica para pertencer ao Conselho de Segurança, pois até hoje desconhece o resultado da Segunda Guerra Mundial, base fundamental para a constituição da ONU, e mantém a dívida contraída durante seu domínio colonial para com o povo coreano.
rgh/lrd/cm