Durante a Comissão Técnica de Assessoramento do Ministério das Finanças e Preços (MFP), o também titular da Economia e Planeamento assegurou que a caducidade das contas a receber e a pagar é um problema antigo no país, que se agrava cada vez mais.
As respostas são urgentes. “Temos que recuperar o papel da moeda nacional, avançar gradualmente na desdolarização e isso implica que o peso cubano cumpra o seu papel; para isso, deve haver ordem financeira e disciplina fiscal”, indicou.
Durante o encontro que decorreu na sede do MFP, técnicos da academia e especialistas das áreas técnicas discutiram o diagnóstico feito às cadeias de inadimplência e apontaram a falta de procura como um dos principais desafios.
A vice-presidente da Associação Nacional de Economistas e Contadores, Marlén Arrue, comentou que as visitas às entidades evidenciam falta de rigor contábil e administrativo, indisciplina nos registros e no preenchimento dos arquivos, entre outros conflitos.
Entretanto, a Vice-Ministra das Finanças e Preços, Lourdes Rodríguez, apresentou uma proposta de sistema de controle de cobranças e pagamentos, que inclui informação e ações de gestão para ter uma visão precisa do estado das contas vencidas e corrigir más práticas.
A necessidade de um sistema de controle deve ser analisada não apenas do ponto de vista administrativo, mas também do quanto podemos contribuir para atualizar os sistemas de informação, gestão e regulamentos relacionados, indicou a ministra Meisis Bolaños a esse respeito.
Por sua vez, a integrante do Comitê de Padrões Contábeis de Cuba, Ana Lydia Gil, opinou que alguns princípios de disciplina financeira -como o de que os contratos devem concordar com as condições de pagamento já estão incluídos nos padrões anteriores, resta verificar se eles são cumpridos.
Ao mesmo tempo, a vice-diretora da Direção Central Econômica da Empresa de Telecomunicações, ETECSA, Adelina Piñero, destacou que um ponto chave tem a ver com a conciliação entre as partes, garantindo relatórios sistemáticos às organizações.
Sobre o assunto, Alejandro Gil comentou que muitas das medidas propostas já foram aplicadas, em algumas empresas funcionaram, enquanto outras não tiveram condições, pelo que é necessário avançar no sentido de resolver os problemas específicos de cada entidade.
Ele chamou para aprender com as experiências vividas e não para se colocar em uma posição de conforto. “O trabalho das organizações econômicas globais é garantir que os processos que governamos sejam cumpridos, não apenas projetar os regulamentos”, insistiu.
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