Com apoio unânime a seu país pelos 33 países que compõem a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), que reivindicaram na véspera o fim do bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos, o presidente cumpre uma agenda importante como parte de sua participação na VII Cúpula desse mecanismo regional.
Desde que desembarcou no domingo passado com a delegação que chefia, composta pelo chanceler Bruno Rodríguez e pelo ministro de Comércio Exterior e Investimentos Estrangeiros Rodrigo Malmierca, Díaz-Canel manteve vários intercâmbios e na véspera voltou a se reunir com seu homólogo brasileiro, Luis Inacio Lula da Silva, e com a hondurenha Xiomara Castro.
Em sua segunda visita a Buenos Aires, o presidente pôde comprovar mais uma vez os estreitos laços entre seu país e a Argentina e sentiu o calor de grupos solidários e incondicionais com a ilha, que organizaram uma cúpula social, onde também endossaram seu apoio por Cuba e pediram o fim de todos os bloqueios na América Latina.
Precisamente na véspera, perante os Chefes de Estado e de Governo da Celac, Díaz-Canel agradeceu a seus pares pela contundente exigência contra o cerco imposto pelos Estados Unidos a seu país e por retirar Cuba da lista de Estados que supostamente patrocinam o terrorismo.
O governo dos Estados Unidos insiste em destruir o modelo de desenvolvimento que nós, cubanos, decidimos construir soberanamente, por meio de uma política cruel, ilegítima, ilegal e imoral de asfixia econômica, disse em seu discurso.
Da mesma forma, ratificou que a nação antilhana não se intimidará com tais ataques. “Não vamos trair a história de resistência, dignidade e defesa da justiça social que fez da Revolução Cubana uma força emancipadora do ser humano”, afirmou.
O nome da ilha caribenha foi ouvido várias vezes no plenário da Celac, onde o presidente anfitrião da reunião, Alberto Fernández, destacou que os bloqueios são métodos perversos contra os povos. “Cuba sofre há mais de seis décadas e isso é indesculpável”, afirmou.
Das 11 declarações consubstanciadas nesta VII Cúpula, uma delas repudia o bloqueio da ilha e por sua vez pede a sua exclusão da lista unilateral de nações que alegadamente patrocinam o terrorismo.
Na declaração de Buenos Aires, os Chefes de Estado reiteraram sua profunda preocupação com a intensificação desta política, especialmente no contexto do Covid-19, e sua rejeição à dimensão extraterritorial do bloqueio, que tem um impacto severo e negativo nas transações financeiras internacionais de Cuba e o bem-estar de seu povo.
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