O grupo, apresentado em frente ao monumento ao ex-presidente chileno na Plaza de la Constitución, é integrado por líderes sociais, sindicais, políticos e estudantis, representantes de organizações de direitos humanos e povos indígenas e ex-colaboradores de Allende.
Em 11 de setembro de 1973, uma junta militar, chefiada pelo general Augusto Pinochet, derrubou o governo e interrompeu o processo de transformações sociais e democráticas no Chile.
A partir de então, iniciou-se uma ditadura de 17 anos, durante a qual foram registrados mais de 40.000 casos de violações de direitos humanos no país, entre assassinatos, torturas, prisões e desaparecimentos.
Para recuperar a memória histórica e evitar a repetição daqueles eventos, a comissão organizará uma série de eventos ao longo de 2023, incluindo simpósios, exposições, workshops, eventos públicos e concertos.
Esta é uma forma de lembrar os avanços da Unidade Popular, mas também de homenagear aqueles que viveram a repressão do golpe de estado, disse à Prensa Latina o senador Daniel Núñez, do Partido Comunista.
Durante os quase três anos no poder, Allende adotou medidas de benefício popular como a nacionalização da indústria do cobre, a geração de empregos nos setores de construção, serviços, obras públicas e manufatura, a melhoria da saúde e o fortalecimento do sistema educacional.
Para a senadora Isabel Allende, filha do ex-presidente, seu pai entendeu a profunda necessidade de transformar o Chile, de resgatar riquezas básicas para todos os seus habitantes e colaborar com diversos países.
Ele entendeu a urgência de trabalhar coletivamente, pensando sempre em um projeto para que as pessoas tivessem liberdades e direitos, respeito e dignidade, e nesse sentido ele foi um grande visionário, disse o senador a esta agência.
O ato contou com a presença do secretário geral do Partido Comunista do Chile, Lautaro Carmona; ex-ministros do governo da Unidade Popular, senadores, deputados, vereadores, sociólogos e premiados nacionais, entre outras personalidades.
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