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Biden e o Estado da União se gabam com poucas propostas

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Biden e o Estado da União se gabam com poucas propostas

Washington, 8 fev (Prensa Latina) Durante seu discurso sobre o Estado da União, o presidente Joe Biden dedicou boa parte do tempo para elogiar seu governo em vez de apresentar novas propostas para o restante de seu mandato.

Durante uma hora e 12 minutos, o democrata se aprofundou no que considerou as principais conquistas de seu governo desde que tomou posse em 20 de janeiro de 2021, usando o discurso como plataforma de lançamento – ainda sem data definida – para sua candidatura à reeleição em 2024.

Ele destacou seu trabalho nos últimos dois anos para gerar empregos, combater a inflação e melhorar a infraestrutura do país, ao mesmo tempo em que pediu consenso, ciente da forte divisão de um Congresso que, após as eleições de 8 de novembro, deixou os republicanos no controle da Câmara dos Deputados.

Nesse sentido, exortou os legisladores a se unirem para aprovar a reforma migratória, objetivo de anteriores gestões democratas que ainda não chegou ao porto.

“Vamos nos unir também na imigração e torná-la novamente uma questão bipartidária”, enfatizou o ocupante do Salão Oval, que é culpado pelos republicanos pela crise da imigração na fronteira sul.

No entanto, de acordo com o jornal The Hill, em seus comentários na terça-feira, Biden apenas se referiu brevemente a essa questão e deu ao Congresso a responsabilidade de aprovar a reforma.

“Os problemas de fronteira da América não serão resolvidos até que o Congresso aja”, insistiu.

Ele também defendeu um caminho para a cidadania para os chamados dreamers (sonhadores), que têm status temporário, trabalhadores rurais, trabalhadores essenciais.

Além disso, no setor de infraestrutura, ele apresentou um plano para usar apenas materiais de construção fabricados nos Estados Unidos em projetos federais.

Entre os convidados desta sessão no Capitólio federal estavam Rodney Wells e RowVaughn Wells, padrasto e mãe de Tire Nichols, o jovem afro-americano que morreu em Memphis após ser brutalmente espancado por policiais em uma parada de trânsito no último dia 7 de janeiro.

A presença de ambos – aplaudida, aliás – serviu para que Biden lembrasse a necessidade de aprovar o George Floyd Police Justice Act, iniciativa que busca reformas na instituição.

O projeto de lei, originalmente apresentado em 2020 após o assassinato de Floyd pela polícia em Minneapolis, foi aprovado na Câmara duas vezes, mas não conseguiu avançar no Senado, apesar de ser dominado pelos democratas.

Pouco antes de começar a falar em horário nobre, Biden estendeu a mão ao presidente da Câmara dos Deputados, Kevin McCarthy, com quem já iniciou conversações na semana passada sobre a urgência legislativa do momento, para aumentar o teto da dívida nacional.

Claro, ele tentou seduzir o outro lado pedindo que ele trabalhasse com ele pelos próximos dois anos, uma questão difícil, porque, de fato, ele foi vaiado em alguns momentos e até teve uma forte troca de palavras no plenário sobre o Medicare e Seguridade Social.

Biden se gabou de que seu governo (janeiro de 2021 até o presente) criou “12 milhões de novos empregos, mais empregos em dois anos do que qualquer outro presidente já criou em quatro anos” e que a inflação descontrolada foi contida.

No entanto, ficou de fora da análise que ele assumiu o cargo em um contexto complexo derivado da pandemia de Covid-19, emergência de saúde que provocou a eliminação de quase 22 milhões de empregos nos Estados Unidos em apenas dois meses, em março e abril de 2020.

A recuperação do mercado de trabalho começou ainda sob a presidência de Donald Trump (2017-2021), “mas ainda havia um vazio sem precedentes a preencher quando Biden chegou à Casa Branca”, noticiou a CNN.

O discurso de Biden não deixou de mencionar, de passagem, sua decisão de abater um balão não tripulado civil chinês para pesquisas meteorológicas que acidentalmente entrou no espaço aéreo dos EUA, questão que acrescentou mais um elemento de tensão entre Washington e Beijing.

Para alguns analistas, suas palavras na tradicional sessão conjunta do Congresso não passaram de uma tentativa de tentar convencer a opinião pública da suposta eficácia de sua gestão, ainda que as pesquisas digam o contrário.

oda/dfm/cm

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