Um comunicado divulgado no site oficial daquele ministério indica que Tajani partiu neste sábado para o estado da Baviera, no sudeste da Alemanha, sede dos dois eventos, e entrará em contato com seus homólogos nos Estados Unidos, Alemanha, França, Canadá, Reino Unido e Japão, convocado por este último país, atual presidente do grupo.
Nesta reunião, realizada à margem da conferência, que terá como ponto central do debate a situação atual da Ucrânia, o chanceler vai destacar o apoio de seu país a Kiev, tema polêmico após as recentes críticas do líder do Partido Forza Italia, Silvio Berlusconi, Presidente Volodomir Zelensky.
Berlusconi, cujo partido político faz parte da aliança governamental de extrema-direita junto com La Liga e Brothers of Italy, disse no domingo passado sobre Zelensky que o julga “muito negativamente” porque “bastava para ele parar de atacar as duas repúblicas autônomas de Donbass e isso não teria acontecido”, em relação ao conflito com a Rússia.
A Conferência de Segurança da LIX em Munique, que começou na véspera e decorrerá até ao próximo domingo, tem como tema central a situação na Ucrânia, com o objetivo de reforçar a ajuda àquele país e a pressão contra a Rússia, indicam os observadores.
Cerca de 45 chefes de estado ou de governo participam dela, incluindo o chanceler federal alemão, Olaf Scholz; O presidente francês Emmanuel Macron e o primeiro-ministro britânico Rishi Sunak, bem como a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
Embora se esperasse a possível presença da primeira-ministra de Itália, Giorgia Meloni, soube-se finalmente que a delegação do seu país a este evento seria presidida por Tajani.
O ministro italiano vai participar no domingo numa sessão dedicada ao papel internacional e à soberania estratégica da União Europeia (UE), e vai ainda manter “reuniões bilaterais com aliados e parceiros internacionais chave, e com o Diretor Executivo da Agência Internacional de Energia , Fatih Birol”, disse o comunicado.
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