Diana Salazar, Procuradora-Geral do Estado, pediu ao Tribunal Nacional de Justiça (CNJ) a marcação de data e horário para a audiência de acusação contra 37 pessoas, ligadas a uma suposta estrutura de corrupção em torno do projeto hidrelétrico Coca Codo. Sinclair, que teria realizado ações ilegais entre 2009 e 2018.
As denúncias contra o ex-presidente partiram de uma investigação intitulada O labirinto offshore do círculo presidencial, divulgada em 2019 sobre um caso de corrupção, que envolve diretamente a empresa INA Investment Corporation, criada por Edwin Moreno, que supostamente carrega parte do nome das filhas de o ex-chefe de estado.
Segundo a documentação registrada, aquela empresa administrava contas no Balboa Bank, no Panamá, de onde eram adquiridos móveis caros, tapetes e outros artigos de luxo para o apartamento de Moreno em Genebra (Suíça), onde ele atuou como enviado especial do Secretário-Geral ONU para pessoas com deficiência.
Para ocupar esse cargo, Moreno mudou-se para o Paraguai, onde vive e trabalha com o governo de Mario Abdo em questões relacionadas à inclusão.
Segundo o Ministério Público equatoriano, se após as denúncias o juiz ordenou a prisão preventiva de Moreno, sua permanência no Paraguai não impediria que ele fosse enviado ao Equador, já que ambos os governos têm um acordo de assistência penal em vigor.
A investigação contra Lenín Moreno também faz alusão à compra de um apartamento na Espanha, ligado à família presidencial, entre outras irregularidades.
Os crimes sob investigação incluem lavagem de dinheiro, associação ilícita, suborno e enriquecimento ilícito, informou a promotoria equatoriana.
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