Dessas mortes, 48 corpos foram encontrados na cidade de São Sebastião e um em Ubatuba.
A busca entrou em seu quinto dia na quinta-feira. Bombeiros, agentes da Defesa Civil e voluntários continuam a busca sem interrupção.
Tal trabalho ocorre especialmente em bairros da costa sul de São Sebastião, como a Vila Sahy, área onde se concentra a maioria das vítimas da tragédia, e Juquehy.
O número de desaparecidos deve ser ainda maior do que os 25 reportados, de acordo com Guilherme Derrite, o secretário de segurança pública do estado brasileiro.
“Não é uma projeção pessimista, mas realista que pode haver um número maior de vítimas com base nos relatos dos bombeiros e na percepção de quem estava no local”, disse Derrite.
Ele explicou que “as pessoas desaparecidas são aquelas cujos parentes informaram que o parente não voltou para casa”.
O posto de comando de São Sebastião tinha registros de 36 pessoas desaparecidas.
Desse total, “houve uma comparação com a lista de identificação dos corpos e 11 pessoas foram identificadas”, disse o secretário.
Mas, segundo relatos de moradores, os moradores que estavam lá com toda sua família no local, principalmente na Barra do Sahy (em São Sebastião), podem ter tido suas casas afetadas e estão no subsolo.
Então, Derrite acrescentou, “pode haver a possibilidade de que ninguém tenha perdido algumas pessoas e que essas pessoas tenham sido vítimas da clandestinidade”. Nós fazemos esta projeção porque estávamos lá conversando com os bairros”, reiterou ele.
As tempestades provocaram inundações, deslizamentos e cortes nas estradas Rio-Santos, Mogi-Bertyoga e Tamoios.
De acordo com a Defesa Civil, o volume de chuvas em 24 horas neste fim de semana excedeu o esperado para todo o mês de fevereiro em três das quatro cidades da costa norte: São Sebastião, Ilhabela, Caraguatatuba e Ubatuba.
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