Em sua conta no Twitter, o presidente lembrou que esses testes começarão amanhã em todo o país e considerou esta etapa como “um novo desafio e uma nova contribuição da ciência cubana”.
Segundo informações da imprensa, a partir de 27 de fevereiro começarão as consultas de classificação em Havana para incluir 413 pacientes, e um ensaio clínico de fase III também será realizado no resto do país com 1.456 pacientes.
Isso foi apresentado numa oficina que contou com a participação de especialistas de instituições de saúde desta capital, do Centro de Controle Estatal de Medicamentos, Equipamentos e Dispositivos Médicos e investigadores do Centro de Imunologia Molecular (CIM) e Cimab SA.
Os pacientes incluídos na capital serão diagnosticados com a doença do ponto de vista clínico e molecular, enquanto o restante do país só será diagnosticado por meio do diagnóstico clínico, devido à complexidade desse tipo de pesquisa.
O ensaio em Havana dura 18 meses e nas demais províncias dois anos, cada um com análises intermediárias para avaliar o comportamento da droga.
O Dr. Nelson Gómez Viera, chefe do serviço de Neurologia do Hospital Clínico Cirúrgico Hermanos Ameijeiras, explicou que esta etapa irá reforçar as evidências obtidas na utilização do NeuralCIM na doença de Alzheimer leve e moderada.
Para ele, serão analisados os resultados do produto em comparação com Donepezil (droga utilizada no mundo para tratar demências) e em combinação com ele.
A demência em geral e o Alzheimer em particular são um problema de saúde crescente no mundo como consequência do envelhecimento da população, uma das suas causas.
Estima-se que cerca de 55 milhões de pessoas no mundo sofrem de demência e em 2040 serão cerca de 130 milhões, enquanto em Cuba pesquisas realizadas nos últimos 20 anos mostram uma prevalência de demência de 10,2% em pessoas com 65 anos ou mais.
O especialista especificou que 60% dos casos são de Alzheimer e atualmente cerca de 160 mil pessoas sofrem de demência, o que representa 1,3% da população cubana.
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