23 de November de 2024
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Mundo grita por fim do bloqueio a Cuba, mas Biden segue surdo

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Mundo grita por fim do bloqueio a Cuba, mas Biden segue surdo

Washington, 27 fev (Prensa Latina) Depois de mais uma caravana mundial para cessação de bloqueio contra Cuba e sua retirada da lista de supostos países patrocinadores do terrorismo, o presidente dos EUA, Joe Biden, continua hoje sem anunciar medidas nesse sentido.

Em várias cidades, algumas desta nação norte-americana, manifestaram a rejeição das medidas coercitivas impostas por Washington para Havana e para a construção de “Pontes de Amor”.

Em Miami, por exemplo, emigrantes e amigos da ilha percorriam as ruas em carros que agitavam as bandeiras cubana e estadunidense.

Gritos de “ÂíCuba sim, cadeado não” quebrou a rotina daquela cidade, assim como as reivindicações pelo programa de reunificação familiar,envio de remessas e viagens ao território caribenho.

O organizador do projeto de solidariedade Puentes de Amor, Carlos Lazo, denunciou a violência contra os participantes do protesto pacífico, que foram alvo de ofensas e críticas de pessoas que ele descreveu como odiadores porque querem manter o bloqueio e “colocar o povo cubano de joelhos”.

Apesar das ameaças à segurança dos ativistas, o coordenador da iniciativa destacou que esses posicionamentos não vão frear as ações.

“Eles não vão nos intimidar! A família é sagrada! Viva Cuba!”, enfatizou Lazo em uma transmissão ao vivo de sua conta oficial no Facebook.

As caravanas acontecem nesse último fim de semana de cada mês e seus pedidos reforçam as demandas de organizações internacionais, personalidades e países, que também insistem na necessidade de anular o cerco econômico, comercial e financeiro imposto por Washington a Havana há mais de seis décadas.

Membros da sociedade civil norte-americana, os conselhos municipais de cidades como Minneapolis (em Minnesota), instituições religiosas e líderes mundiais também instaram Biden e o Congresso para eliminar Cuba da lista arbitrária de supostos países patrocinadores do terrorismo.

“Já passou metade de seu mandato e não há nenhum gesto externo ou reconhecimento de que a inclusão de Cuba nesta designação foi merecido”, afirmaram mais de uma centena de advogados em carta ao ocupante do Salão Oval e pediu uma revisão do tema.

Enquanto isso, ex-analistas e funcionários estadunidenses que trabalharam na política de Havana nos governos republicano e democrata reconhecem que a permanência da nação caribenha nessa lista torna-se uma ficção criada para reforçar a lógica da bloqueio.

Em tal enumeração apareceu Cuba pela primeira vez em 1982, sob a Ronald Reagan (1981-1989), até que em 2015 o governo de Barack Obama (2009-2017) decidiu retirá-lo como parte do processo de normalização das relações entre os dois países.

Mas em 11 de janeiro de 2021 o Governo de Donald Trump (2017-2021) anunciou o restabelecimento do território insular.

Na opinião do linguista norte-americano Noam Chomsky e o Para o historiador indiano Vijay Prashad, a decisão de Trump nos últimos dias de seu governo foi um ato de vingança, e Biden mantém essa política ressentida que pune Cuba, não por terrorismo, mas para promover a paz.

jf/cgc/ls

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