O encontro reúne quase três mil deputados e se reunirá até o dia 13 para analisar projetos de lei, relatórios de instituições do Estado e planos de desenvolvimento socioeconômico.
Em sua abertura, o primeiro-ministro Li Keqiang informou que a China buscará fechar o ano com um boom de cinco por cento em seu Produto Interno Bruto (PIB), pois dará prioridade à recuperação da economia e do consumo, um dos principais motores de crescimento.
O gigante asiático em 2022 fixou a expansão do PIB em 5,5 pontos, mas conseguiu apenas três pontos devido ao impacto na produção e serviços das restrições internas contra a Covid-19 e dos efeitos de pressões internacionais como o conflito Rússia-Ucrânia.
Agora, Li considera vital focar na estabilidade, ao mesmo tempo em que estimula a demanda doméstica, aumenta a renda das pessoas e incentiva o investimento privado.
Apelou à aceleração da modernização do sistema industrial, fomento da economia digital e incentivo ao empreendedorismo privado com apoio e melhor proteção jurídica dos seus direitos e interesses.
Ele mencionou planos para atrair mais investimentos estrangeiros, fechar novos acordos comerciais em nível regional e ampliar as oportunidades de negócios para empresários de todo o mundo.
O primeiro-ministro chinês também falou em evitar riscos financeiros, estabilizar a produção de grãos, continuar a transição para o desenvolvimento verde e implementar novos programas sociais.
Nesse sentido, indicou que o gigante asiático vai intensificar a sua política fiscal pró-ativa e manter uma política monetária prudente, onde a taxa de câmbio do yuan (moeda nacional) se manterá estável, num nível adaptável e sustentável.
O déficit fiscal e a inflação dos preços no consumidor rondarão os 3 por cento, as zonas urbanas criarão 12 milhões de postos de trabalho e manterão a taxa de desemprego abaixo dos 5,5 por cento.
A China implementará ações de incentivo à natalidade, otimizará os serviços de saúde e equilibrará ainda mais o mecanismo epidemiológico para manter o controle sustentado da Covid-19, sem voltar às restrições que dilaceraram seu progresso.
Entre outras questões, Li também destacou as conquistas dos últimos cinco anos e reiterou o compromisso do governo em oferecer melhores condições de vida aos seus cidadãos.
Esta seria a última apresentação de Li Keqiang sobre a gestão governamental, uma vez que a eleição de novos responsáveis para altos cargos estatais está na ordem do dia da sessão parlamentar.
Esta etapa surge na sequência da renovação, em outubro passado, do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista, liderado pelo presidente do país, Xi Jinping, e também integrado por Li Qiang, Zhao Leji, Wang Huning, Cai Qi, Ding Xuexiang e Li Xi. A chegada dos últimos seis dirigentes ao Birô implica a sua potencial nomeação para importantes cargos governamentais e um deles seria a substituição do primeiro-ministro.
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