O grupo de 24 deputados, com paridade de gênero e eleitos igualmente pelos dois órgãos legislativos, será empossado após uma breve cerimônia na antiga sede do Congresso Nacional, situada na zona central desta capital.
A primeira tarefa será eleger uma diretoria que gere consenso em uma entidade muito heterogênea, do ponto de vista de ideias e concepções políticas.
Magaly Fuenzalida, especialista indicada pela Federação Social Verde Regionalista, que faz parte da coalizão governamental, destacou a conveniência de ter um bom porta-voz, capaz de transmitir informações e educar sobre esse processo.
Após a instalação, o equipamento terá um prazo de três meses para cumprir a sua missão e entregar o projeto ao Conselho Constitucional, que será eleito por voto popular e obrigatório a 7 de maio e tomará posse a 7 de junho.
Como indica o chamado Acordo para o Chile, assinado em dezembro passado pela maioria dos partidos com representação legislativa, os especialistas são “24 pessoas com trajetória profissional, técnica e/ou acadêmica indiscutível”.
No entanto, seu denominador comum é a vinculação a diferentes grupos políticos, sendo que vários foram, inclusive, funcionários de governos com posições ideológicas distintas.
Assim, por exemplo, aparece no grupo Teodoro Rivera, que foi chefe da Justiça durante o primeiro governo de Sebastián Piñera e chanceler no segundo mandato. Também estarão presentes o advogado Gabriel Osorio, assessor da pasta do Interior de Michelle Bachelet; e Carlos Frontaura, do partido republicano de extrema direita, que, embora tenha se recusado a assinar o Acordo pelo Chile, aproveitou para se juntar ao comitê de especialistas.
A senadora Elizalde destacou a responsabilidade dessa equipe para elaborar um projeto de lei de base, mas lembrou que a última palavra será sempre do Conselho Constitucional, que representará a vontade do povo.
Por esta razão, especialistas eles serão incorporados às atribuições do conselho, onde terão voz, mas não voto na tomada de decisões.
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