A demanda de água do país deve aumentar para cerca de 122 bilhões de metros cúbicos todos os anos a partir de 2030, 1,5 vezes o valor atual, disse o vice-diretor do Departamento de Gestão de Recursos Hídricos do Ministério de Recursos Naturais e Meio Ambiente, Nguyen Minh Khuyen.
Atualmente, e de acordo com estatísticas preliminares, a nação explora anualmente 84 bilhões de metros cúbicos do precioso líquido, incluindo 3,8 bilhões de metros cúbicos de águas subterrâneas e mais de 80 bilhões de metros cúbicos de águas superficiais.
Minh Khuyen explicou em entrevista à agência noticiosa VNA que a época de maior consumo é durante a estação seca (julho a setembro) quando mais de 80 por cento da água é utilizada para atividades agrícolas.
A esse respeito, citou os critérios do Banco Mundial (BM) e da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) no sentido de que o Vietnã é um país com baixa eficiência no uso desse recurso fundamental, especialmente no referido setor.
De acordo com uma avaliação do BM realizada em 2019, a água utilizada na agricultura representava 81 por cento do consumo total do país, no entanto, este ramo gera apenas entre 17 e 18 por cento do Produto Interno Bruto.
O gestor salientou ainda que o desperdício do líquido vital persiste e o índice de perdas nas zonas urbanas e rurais continua a ser elevado, atingindo cerca de 25 por cento.
A eficiência no aproveitamento é muito inferior à capacidade projetada das obras hidráulicas, sobretudo as destinadas à rega e à agricultura, enquanto algumas localidades ainda enfrentam dificuldades no acesso a água limpa e segura, sobretudo nas regiões centro e centro-sul, disse.
Em relação ao projeto de Lei de Recursos Hídricos (modificado) em que está trabalhando o Ministério de Recursos Naturais e Meio Ambiente, antecipou que se concentra em quatro políticas fundamentais para garantir a segurança das fontes de água.
Recordou ainda que no âmbito dos esforços para uma melhor gestão destes bens, foi promulgada em 2012 a atual Lei dos Recursos Hídricos, a par da qual o Governo e o próprio ministério promulgaram cerca de 70 documentos, enquanto as autarquias emitiram cerca de 500 mais para orientar a aplicação dessa legislação.
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