O ex-diplomata criticou o Executivo pelo seu alinhamento com os Estados Unidos ao ignorar que a integração regional é um imperativo para o desenvolvimento dos povos no século XXI e um mandato da Constituição.
Quando o Equador vai se pronunciar sobre a reativação da Unasul com a volta da Argentina e do Brasil?, indaga Yépez em comentário em suas redes sociais.
Em sua opinião, o governo Lasso não entende a importância e o alcance da integração regional, da defesa da soberania e de setores estratégicos, da doutrina de defesa sul-americana, da cooperação em saúde pública e infraestrutura ou da cidadania sul-americana.
Segundo o ex-vice-chanceler, o atual presidente confunde o profundo significado da integração regional com a visão limitada dos acordos de livre comércio e da promoção de alguns negócios privados.
O Equador não pode ficar de fora do processo de integração mais importante e dinâmico, e Quito deve voltar a ser sua sede, enfatizou. Atualmente, a Unasul é formada por Guiana, Suriname, Bolívia e Venezuela como membros ativos e na semana passada os presidentes do Brasil e da Argentina anunciaram o retorno de seus países a esse mecanismo de integração.
Em 2019, por decisão do então presidente Lenín Moreno, o Equador saiu do bloco e o prédio construído para sua sede, localizado bem no meio do mundo, está totalmente abandonado.
No final do ano passado, o parlamentar andino Virgilio Hernández entregou uma carta assinada por ex-presidentes, ex-ministros, políticos e acadêmicos da América Latina no Palácio Carondelet -sede do Poder Executivo- que pedia uma resposta conjunta da Unasul para articular os desafios atuais.
No entanto, o governante equatoriano ignorou esse pedido e não é surpreendente, destacou Hernández na época, embora a posição oficial continue a mesma.
mem/avr/bm