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Parkinson, um desafio para a saúde, a ciência e a sociedade

Parkinson, um desafio para a saúde, a ciência e a sociedade

Havana, 11 abr (Prensa Latina) Considerada a segunda doença neurodegenerativa mais frequente, depois do Alzheimer, o Parkinson dobrou sua prevalência nos últimos 25 anos e hoje constitui um desafio para a saúde, a ciência e a sociedade.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), globalmente, a incapacidade e as mortes por essa doença estão aumentando mais rapidamente do que por qualquer outro distúrbio neurológico.

Estimativas globais em 2019 mostraram mais de 8,5 milhões de pessoas com essa condição, resultando em 5,8 milhões de anos de vida ajustados por incapacidade, um aumento de 81% desde 2000, e causou 329 mil mortes, o equivalente a um aumento de mais de 100%.

Além disso, muitos dos afetados vivem em países de baixa e média renda e sofrem grandes desigualdades no acesso a cuidados neurológicos e medicamentos essenciais.

O Parkinson é uma condição cerebral degenerativa associada a sintomas motores (lentidão de movimentos, tremores, rigidez, distúrbios da marcha e desequilíbrio) e a uma ampla variedade de complicações não motoras (declínio cognitivo, distúrbios mentais e do sono, dor e outros distúrbios sensoriais).

Deficiências motoras, como discinesias (movimentos involuntários) e distonias (contrações musculares involuntárias e dolorosas), levam à limitação da fala, mobilidade e outras restrições em muitas áreas da vida.

A progressão desses sintomas leva a altas taxas de incapacidade e necessidade de cuidados, enquanto muitos pacientes também desenvolvem demência.

As causas da doença são desconhecidas, mas acredita-se que pode ser devido a uma complexa interação entre fatores genéticos e exposição a outros fatores ambientais, como pesticidas, solventes industriais e poluição do ar.

Embora não haja cura, medicamentos, remédios cirúrgicos e outras terapias podem tratar os sintomas do Parkinson.

Tipos específicos de fisioterapia, como treinamento de força, exercícios de mobilidade e equilíbrio e hidroterapia, podem ajudar a melhorar a função e a qualidade de vida das pessoas.

No entanto, muitos medicamentos e recursos cirúrgicos não são acessíveis, baratos ou disponíveis em todas as partes do mundo.

As pessoas com Parkinson estão frequentemente sujeitas a estigma e segregação, incluindo discriminação injusta no local de trabalho e falta de oportunidades de envolvimento e participação em suas comunidades.

A pressão física, emocional e financeira pode causar grande estresse às famílias e àqueles que cuidam dessas pessoas, e é necessário o apoio dos sistemas de saúde, social e financeiro e jurídico.

Para aumentar a conscientização pública sobre esta doença neurodegenerativa, em 1997, a OMS proclamou o dia 11 de abril como o Dia Mundial do Parkinson.

A data coincide com o aniversário do nascimento de James Parkinson, um neurologista britânico que em 1817 descobriu o que chamou na época de paralisia agitadora e que, dois séculos depois, suas origens e cura continuam sendo um desafio para a ciência e os sistemas de saúde. bem como um tema de atenção para a sociedade.

lam/lpn/hb

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