Durante o tradicional sermão de sexta-feira em Baalbek, o líder religioso considerou que a oposição populista e as palavras de ordem são as mesmas, face à falta de consenso político e ao agravamento da crise económica.
Yazbek enfatizou que é responsabilidade de todos iniciar o entendimento e o processo de eleição do novo chefe de Estado como primeiro e essencial passo para garantir a continuidade da paz e segurança da nação.
Abordando o cenário externo, o representante do Hizbollah denunciou a manipulação dos Estados Unidos e seus aliados israelenses da estabilidade da região, após o acordo histórico entre Irã e Arábia Saudita mediado pela China.
Na ocasião, destacou que o ambiente positivo condiciona a abertura das embaixadas e o início dos trabalhos para abordar todas as questões regionais através do diálogo.
A propósito, Yazbek indicou que esses desenvolvimentos “colocam riscos para o inimigo israelense cujos sonhos e aspirações de normalização e o fim da causa palestina evaporaram”.
Nesse sentido, denunciou a brutalidade, as incursões, os assassinatos e a indiferença de Tel Aviv em relação às leis internacionais e às organizações de direitos humanos.
Ao mesmo tempo, prevaleceu a força crescente do eixo da Resistência e a escalada das operações heróicas das forças e facções na Palestina.
Segundo relatos locais, o brilho do acordo entre Irã e Arábia Saudita e o avanço nas relações árabes priorizam a situação no Iêmen, Síria e Líbano, já que nenhum país pode ficar de fora dos novos caminhos.
Neste contexto, os analistas consideraram que o dossier presidencial libanês ainda carece de uma discussão mais séria e apenas os franceses manifestam interesse, aguardando a terceira ronda de conversações em Paris juntamente com representantes dos Estados Unidos, Arábia Saudita, Catar e Egito.
Desde o último dia 31 de outubro, o Líbano enfrenta os obstáculos do quarto vácuo de poder após a independência, após o fim do mandato de Michel Aoun.
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