A pesquisa será feita primeiro on-line e depois pessoalmente em um país onde, entre 1852 e 1996, a população negra era estatisticamente invisível.
De acordo com o jornal El Observador, os censos populacionais não os contavam, nem suas características demográficas ou condições de vida eram conhecidas.
É por isso que a campanha #SOMOSAFRO foi lançada hoje, em colaboração com o Banco Mundial e o Ministério do Desenvolvimento Social (Mides), para que cada vez mais uruguaios se identifiquem como afrodescendentes.
A verdade é que, quando os registros começaram a prestar atenção à questão, descobriu-se que os negros começam a trabalhar mais cedo e em empregos pouco qualificados e com baixa remuneração.
De acordo com os dados atuais, mais de um terço da população afro está na informalidade. Eles também têm taxas de desemprego mais altas e estão atrasados em relação à conclusão do ensino obrigatório.
De acordo com o último censo nacional (2011), os afrodescendentes representam 8,1% da população do Uruguai.
A diretora de Promoção Sociocultural do Mides, Rosa Méndez, “orgulhosamente afro”, disse ao jornal que as Pesquisas Contínuas de Domicílios e outros indicadores tornam provável que a população afro-uruguaia esteja mais próxima de 14%.
De fato, em Rivera, um dos departamentos que faz fronteira com o Brasil, havia 17% de negros e agora estima-se que sejam mais de 23%, disse ele.
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