O líder do ICAP se referiu à feroz campanha da mídia para desacreditar seu país, ao falar diante de mais de mil delegados dos cinco continentes e cerca de 200 nacionais que participaram do Encontro Internacional de Solidariedade com Cuba, realizado no Palácio de Convenções desta capital.
A solidariedade mundial cresceu na mesma medida em que nosso povo enfrentou heroicamente a adversidade e o castigo de seu obstinado carrasco, disse o também membro do Parlamento cubano.
Ele lembrou que o movimento de apoio à ilha é formado por mais de 1.600 organizações com presença em 150 países.
A reunião também concentrou sua atenção no anti-imperialismo, 200 anos após a proclamação da Doutrina Monroe, que no contexto atual “é interpretada como um dos princípios orientadores da política imperialista dos Estados Unidos para fragmentar a unidade dos países, com ênfase especial na América Latina e no Caribe”, enfatizou.
Ele disse que a participação e a resposta a esse chamado superaram todas as expectativas e comentou que a reunião “reforçou a solidariedade internacional com os trabalhadores e o povo cubano em sua luta contra a intensificação do bloqueio”.
Gonzalez saudou as exigências dos presentes para a “exclusão de Cuba da lista espúria de países patrocinadores do terrorismo e o fim da escalada agressiva de Washington” e a devolução do território ilegalmente ocupado pela Base Naval dos EUA em Guantánamo, uma província no extremo leste de Cuba.
O presidente do ICAP ratificou a “vocação internacionalista e a solidariedade com todas as causas justas e com os homens e mulheres que, dia após dia, põem em risco suas vidas pela tão sonhada liberdade e independência”.
Os irmãos palestinos, a República Árabe Saarauí, os incansáveis combatentes sírios, os irmãos venezuelanos, nicaraguenses, bolivianos, porto-riquenhos, entre muitos outros, sabem que podem continuar contando com nosso apoio e solidariedade nos fóruns internacionais e em todos os espaços possíveis, concluiu.
Durante o dia, cinco comissões trataram de diferentes eixos temáticos: a primeira, dedicada ao anti-imperialismo e à Doutrina Monroe, contou com a presença do presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel.
Além disso, o escritor e jornalista brasileiro apresentou o primeiro volume de seu livro Lula, que aborda a vida do líder operário que se tornou presidente da nação sul-americana.
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