Em declarações ao canal Ecuavisa, Cucalón insistiu na inocência do presidente e reiterou que este comparecerá perante o parlamento para defender a sua posição relativamente às acusações de desvio de fundos.
Enquanto o governo está determinado a livrar o presidente do impeachment, a legislatura decidiu continuar com o procedimento após a aprovação, na terça-feira, de uma resolução proposta pela deputada Viviana Veloz, com 88 votos a favor.
A votação final do processo judicial contra Lasso poderá ter lugar na Assembleia Nacional dentro de aproximadamente 10 dias, de acordo com os prazos em vigor a partir de quarta-feira para este tipo de procedimento.
Passadas 48 horas e num prazo máximo de cinco dias, o processo de destituição do chefe do executivo começaria como tal, tendo este direito a defender-se durante três horas.
A acusação também poderá apresentar os seus argumentos, neste caso as provas do alegado crime de peculato, e os 137 membros da Assembleia poderão falar durante 10 minutos cada.
No entanto, a eventual censura do presidente não será posta à votação imediatamente após as intervenções, mas sim cinco dias após o fim do debate.
Para destituir o Presidente do cargo, são necessários 92 votos, ou seja, uma maioria qualificada.
O processo de destituição decorre num contexto de rejeição popular da administração do Presidente, que, segundo as últimas sondagens, tem mais de 80 porcento de desaprovação entre os equatorianos.
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