A presidente da estrutura, Mirlande Manigat, disse ao jornal Le Nouvelliste que o evento será realizado nos próximos dias e prometeu confirmar a data em breve.
O fórum teria como objetivo permitir que os setores da vida nacional, inclusive aqueles que não aderiram ao acordo do governo para resolver a crise, discutissem as melhores estratégias para restaurar a segurança no país.
Manigat defende um amplo consenso para criar as condições de segurança e o clima político necessários para a realização de eleições e para que o poder seja entregue às autoridades eleitas.
O Haiti sofreu um aumento da violência nos últimos anos, precipitado pelo assassinato do presidente Jovenel Moïse e pelo controle efetivo da capital e de outras regiões departamentais pelas gangues.
O primeiro-ministro Ariel Henry, que estará no cargo por dois anos em julho, ainda não cumpriu suas promessas de restaurar a paz e construir um consenso capaz de estabilizar a nação caribenha.
Enquanto isso, as mortes, os sequestros e os confrontos entre gangues estão aumentando e o governo não está recebendo respostas satisfatórias sobre sua solicitação à comunidade internacional para enviar tropas capazes de conter a expansão das gangues.
Até agora, neste ano, as Nações Unidas e as organizações locais de direitos humanos relataram mais de 2.000 assassinatos, sequestros e ferimentos causados por grupos armados, além da popular operação Bwa Kale, que lincha supostos membros de gangues, em uma espiral de violência que ameaça os próprios alicerces da nação.
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