Tsipras afirmou sua decisão em uma reunião no Palácio Presidencial com a presidente Katerina Sakellaropoulou, que foi transmitida pela ERT-1.

Não há correlação de forças políticas para formar um governo conjunto e é por isso que cumpri minha obrigação institucional de vir e dizer a vocês que não aceitarei um mandato, porque não há como formar um gabinete, disse Tsipras.

Por sua vez, Sakellaropoulou expressou esperança na formação do gabinete nas próximas eleições.

Na segunda-feira, o primeiro-ministro grego Kyriakos Mitsotakis também abandonou a possibilidade de formar um gabinete de coalizão.

De acordo com ele, a impressionante vitória de seu partido nas eleições parlamentares de 21 de maio abre oportunidades para que ele seja reeleito em 25 de junho e forme um governo independente.

Agora, de acordo com a constituição, o presidente oferecerá um mandato para estudar as possibilidades de criação de um governo ao líder do terceiro maior partido no parlamento, o PASOK, o Movimento para Mudança de Nikos Androulakis.

De acordo com analistas locais, espera-se que ele também renuncie, já que a oposição não pode usar o mandato para criar um gabinete devido às diferenças ideológicas e programáticas entre os partidos, bem como ao pequeno número de cadeiras conquistadas no parlamento.

Nas eleições de domingo passado, o partido Nova Democracia, liderado pelo primeiro-ministro Mitsotakis, recebeu 40,79% dos votos e 146 cadeiras no principal órgão legislativo.

A coalizão Syriza obteve 20,07% (71 cadeiras), o partido de esquerda PASOK – 11,46% dos votos (41 cadeiras), o Partido Comunista da Grécia – 7,23% (26 cadeiras), enquanto o partido de direita Hellenic Lisi – 4,45% (16 cadeiras).

Na Grécia, um partido ou coalizão de partidos precisa de pelo menos 151 assentos para controlar um parlamento unicameral de 300 assentos.

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