Segundo a Agência Senado, após a instalação, será eleito o presidente da mesa, que reunirá 32 parlamentares titulares, sendo 16 senadores e 16 deputados, com igual número de suplentes.
A CPMI terá 180 dias para apurar as ações golpistas e poderá encaminhar seus resultados ao Ministério Público, a fim de fornecer provas ao processo criminal.
Apoiadores radicais do presidente derrotado Jair Bolsonaro aproveitaram a instalação de acampamentos, sob a patente de protestos pacíficos e de livre expressão, nas cidades e principalmente em Brasília, contra o resultado das eleições de outubro e a posse pela terceira vez do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Porém, no dia 8 de janeiro, a ordem de quase sete mil extremistas de Bolsonaro (apoiadores do ex-militar e com a cor amarela da bandeira) invadiram e saquearam as dependências do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal e do Palácio do Planalto, sede do Poder Executivo.
Apesar de a análise do comportamento e das condutas suspeitas permitirem antecipar ações de indivíduos ou grupos com fins terroristas, as polícias pouco reagiram, principalmente as do Distrito Federal (DF).
A tentativa de golpe culminou na prisão de muitos apoiadores do ex-capitão do Exército, incluindo o ex-secretário de Segurança Pública do DF Anderson Torres, que atuou como ministro da Justiça no governo Bolsonaro.
A audiência de posse desta quinta-feira no Congresso será presidida pelo senador Otto Alencar, parlamentar mais antigo entre os parlamentares.
Ao mesmo tempo, segue no STF a investigação sobre a tentativa antidemocrática, processo pelo qual Bolsonaro declarou.
A Procuradoria-Geral da República denunciou criminalmente 1.390 pessoas por vários crimes, como extinção violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bens especialmente protegidos.
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