Por ocasião do Dia Mundial Sem Tabaco, no próximo domingo, a agência de saúde das Nações Unidas pediu apoio a cultivos mais sustentáveis que possam alimentar milhões de pessoas.
No total, 182 Partes da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco se comprometeram a promover alternativas economicamente viáveis para trabalhadores e produtores deste produto.
Uma maneira crucial de os países cumprirem essa obrigação é parar de subsidiar essa cultura e incorporar outras mais saudáveis, disse ele.
A OMS lembrou que, ao optar por plantar alimentos, prioriza-se a saúde, preservam-se os ecossistemas e aumenta-se a segurança alimentar.
O tabaco é responsável por oito milhões de mortes por ano, mas os governos de todo o mundo gastam milhões para apoiar seu cultivo, disse o diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Estima-se que mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo enfrentem grave insegurança alimentar, enquanto mais de três milhões de hectares de terra em cerca de 120 países são usados para cultivar o mortal tabaco, mesmo em países onde as pessoas estão morrendo de fome.
O novo relatório da OMS, Growing Food, Not Tobacco, destaca os males de seu cultivo e os benefícios de mudar para culturas alimentares mais sustentáveis, tanto para comunidades, economias, meio ambiente e agricultores.
Da mesma forma, aponta que o cultivo do fumo causa doenças aos próprios agricultores e que mais de um milhão de crianças trabalham nas fazendas de fumo, razão pela qual perdem a oportunidade de receber educação.
“O tabaco não é apenas uma grande ameaça à insegurança alimentar, mas à saúde em geral, inclusive dos produtores, devido à exposição a pesticidas químicos, fumaça e tanta nicotina quanto 50 cigarros, levando a problemas pulmonares. doenças e intoxicação, garantiu a OMS.
mem/crc/ls