Conforme programado, o avião com o número de registro B-919A decolou de Xangai às 10h32, horário local, com 128 passageiros a bordo e pousou em um dos aeroportos internacionais de Beijing às 13h10.
Desta forma, o C919 entrou oficialmente no mercado da aviação civil e vai agora procurar concorrer com modelos como o A320 da multinacional Airbus e o estadunidense Boeing 737 MAX.
A aeronave chinesa tem de 158 a 168 assentos e pode variar de 4.075 a 5.555 quilômetros de distância.
Com o sucesso do voo MU9191 Xangai-Pequim neste domingo, a China Eastern Airlines também o incorpora à sua frota, após completar um programa de testes de 100 horas para verificar se era seguro.
A cada viagem, a empresa simulou o processo completo de operação de uma rota comercial, verificou a capacidade de utilização do C919, a aplicação de normas e regulamentos e o trabalho de todo o pessoal envolvido, desde o piloto até os técnicos de manutenção.
A China Eastern Airlines assinou um contrato para a compra de cinco equipamentos e pretende utilizá-los em rotas que ligam Xangai a cidades como Beijing, Guangzhou, Shenzhen, Chengdu, Xiamen, Wuhan e Qingdao.
Outros clientes interessados são as empresas Air China, China Southern Airlines, Hainan Airlines e a norte-americana GE Capital Aviation Services.
A Corporação da Indústria da Aviação da China começou a desenvolver o C919 em 2015, dois anos depois fez o seu voo inaugural e concluiu todos os testes a 19 de julho, após atrasos no projeto devido ao impacto da pandemia de Covid.
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