Em uma entrevista ao jornal Página 12, o diplomata defendeu a expansão dos laços políticos, econômicos, culturais e de cooperação, além de trabalhar pela unidade regional.
Não estamos sozinhos neste mundo para podermos enfrentar as grandes potências. Precisamos nos integrar. A Argentina é um dos grandes produtores de alimentos. Sua experiência deve ser estudada em todas as faculdades de agronomia da América Latina e do Caribe e servir para erradicar a fome, disse ele.
Também destacou que existe um acordo binacional sobre a troca de medicamentos por alimentos, que é um precursor e foi resultado de uma ideia dos ex-presidentes Fidel Castro (1926-2016) e Néstor Kirchner (1950-2010).
Assim mesmo reiterou a denúncia da Argentina sobre o bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos a Cuba, bem como a inclusão da ilha em uma lista de supostos patrocinadores do terrorismo.
Ele também destacou o apoio de Havana à reivindicação de soberania desse país sul-americano em relação às Ilhas Malvinas.
Há toda uma história de batalhas conjuntas, dos esforços de ambos os povos, de figuras políticas históricas que marcam esse caminho. Não podemos nos esquecer de que aqui nasceu o Movimento de Solidariedade a Cuba, em 1953, após a tomada do Quartel Moncada por jovens revolucionários e a repressão desencadeada pela ditadura de Fulgêncio Batista (1952-1958).
Os laços diplomáticos entre as duas nações começaram em 1909, mas foram interrompidos em 1962 devido a uma forte campanha e pressão exercida pelos Estados Unidos e pela Organização dos Estados Americanos para tentar isolar e pôr fim à jovem Revolução que começou em 1959.
Em 28 de maio de 1973, sob o comando do então presidente da Argentina, Héctor Cámpora (1909-1980), os vínculos foram retomados.
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