Isso está relacionado à reclamação feita no dia anterior por funcionários do governo sobre a falta de legalidade no litígio que o Centro Internacional para Resolução de Disputas (Ciadi) abriu no caso da Zona de Emprego e Desenvolvimento Econômico (ZEDE) contra o governo.
De acordo com o Ministro da Fazenda, Rixi Moncada, o Ciadi, como órgão internacional, ao admitir a disputa do ZEDE, ignora a legislação hondurenha, “disposições que estão em nossa legislação interna desde 1988”.
Falando como parte da comissão presidencial para a defesa do território e da soberania, juntamente com a Procuradoria Geral da República, ela se referiu ao saque que as empresas associadas à ZEDE pretendem realizar por meio de falsa arbitragem.
Moncada disse que, originalmente, os associados não estavam envolvidos nas operações financeiras, mas viram nesse litígio a oportunidade de participar do saque.
O ministro afirmou que o Ciadi desconsidera o princípio de “o que é acordado é obrigatório”, que é um princípio básico do direito civil e internacional.
“Dizemos a esses inimigos que eles vão perder (…) porque estamos certos, temos o direito, temos princípios nacionais e internacionais”, disse ele.
Por sua vez, o procurador-geral, Manuel Díaz, disse que nesta terça-feira o governo enviou uma comunicação ao Ciadi sobre o processo promovido pela empresa Honduras Próspera, que pretende manter o referido litígio contra o Estado.
A esse respeito, Díaz enfatizou que a questão da ZEDE é um dos maiores problemas de corrupção público-privada na América Latina, e é por isso que eles tornaram essas ações públicas.
Além de Moncada e Díaz, a comissão era composta pelo ministro das Relações Exteriores, Eduardo Enrique Reina, e pelo comissário presidencial para a defesa do território, Fernando García.
jcm/ybv/bm