O texto publicado pela editora Letras Cubanas inclui uma seleção de artigos e um prólogo da crítica de arte, ensaísta e destacada intelectual Graziella Pogolotti, membro da Academia Cubana de Línguas.
Sobre o livro, o também presidente do Conselho Consultivo do Ministro da Cultura chamou a atenção para a importância de resgatar a memória de que com o passar do tempo parece irrecuperável o clima de uma época.
«A memória dos sobreviventes está contaminada com as caminhadas da vida. As imagens nítidas flutuam no amplo território do esquecimento, como iluminações num processo de seleção e descarte”, escreveu o destacado intelectual da ilha no prólogo da obra.
Ele alertou que diante de tais perigos os documentos surgem como signos enigmáticos, daí a importância de colmatar lacunas e recuperar uma cronologia perdida por meio de pesquisas que permitam resgatar, com os acontecimentos de cada dia, o ritmo acelerado da história.
Significou a relevância de transmitir o rastro das ações culturais desse período do século passado, que se multiplicaram com o desenvolvimento das instituições, a proliferação de revistas, livros, estreias, conferências e com a projeção pública de intelectuais que vieram a Cuba de todas as partes.
Pogolotti lembrou que esta nossa compilação das dinâmicas sociais e da iminência da refundação da nação e da cultura, conferiu às gerações fundadoras um papel inédito. «A pressa de fazer impôs a pressa de pensar. A intensidade da vida intelectual atingiu uma tensão sem precedentes”, argumentou o pensador cubano, sobre a importância do livro.
ro/mml/ml